Política Brasília

Ministro diz que revogar reforma do Ensino Médio seria 'retrocesso'

Crítica é direcionada a candidatos à Presidência que prometem acabar com medida
O ministro da Educação, Rossieli Soares, participa de seminário em Brasília Foto: André Nery/MEC
O ministro da Educação, Rossieli Soares, participa de seminário em Brasília Foto: André Nery/MEC

BRASÍLIA — O ministro da Educação , Rossieli Soares, criticou na tarde desta quinta-feira a proposta, de alguns candidatos à Presidência , de revogar a reforma do Ensino Médio feita pelo atual governo. Durante entrevista coletiva em Brasília para divulgar o Censo da Educação Superior de 2017, o ministro disse que qualquer tentativa de acabar com a reforma seria um "retrocesso".

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Questionado pelo GLOBO sobre afirmações recentes do candidato do PT, Fernando Haddad, que dão conta de que a reforma teria acontecido sem devida consulta à sociedade e por isso deveria ser revogada, Rossieli disse que não iria comentar proposta de candidatos específicos, mas acrescentou que o governo continua trabalhando para que a reforma seja efetivada com êxito e dê resultados.

— Não vou ficar comentando sobre candidatos específicos. O que eu posso comentar é que temos a certeza da importância da reforma do Ensino Médio. Para mim, qualquer proposta, seja ela de quem for, de revogar a reforma, é um retrocesso — disse.

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O ministro argumenta que, ao contrário do que teriam pregado alguns candidatos ao Planalto, a reforma foi, sim, amplamente discutida ao longo dos anos junto à sociedade e instituições interessadas.

— É de quem não olha para frente para transformar o Ensino Médio. Acreditamos, sim, que a reforma é importante. Há muitos anos é discutida como um caminho que precisa implementado — completou

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O censo divulgado nesta quinta traz, dentre outros dados, a informação de que as instituições de ensino privadas atingiram uma participação de 75,3% (6.241.307) no total de matrículas de graduação. A rede pública, portanto, fica com 24,7% (2.045.356).

O censo mostra que, embora as matrículas estejam crescendo de maneira mais intensa na modalidade à distância, os cursos de graduação presencial ainda detêm maioria das matrículas: dos cerca de 8,2 milhões de estudantes, 53,2% estão em cursos presenciais e 46,8% em cursos a distância.