Blog da Andréia Sadi

Por Andréia Sadi

Apresentadora do Estúdio I, na GloboNews, comentarista de política da CBN e escrevo sobre os bastidores da política no g1


O ministro da Educação, Milton Ribeiro, se fortalece junto ao presidente Bolsonaro sempre que o governo é acusado de interferir ideologicamente na área. A avaliação é de ministros políticos do governo que conversaram com o blog após a declaração do presidente Bolsonaro de que o Enem vai ter “a cara do governo”.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Milton Ribeiro, quando convidado para entrar no governo, assumiu com uma missão: manter a área da Educação no setor ideológico do governo. A pasta era comandada por Abraham Weintraub, demitido após chamar ministros do Supremo Tribunal Federal de “vagabundos”.

Bolsonaro resistiu- mas entregou a cabeça de Weintraub por sobrevivência política, por temer o avanço de investigações contra seus familiares e aliados no STF.

Ribeiro, então, foi apenas foi escalado para dar continuidade à gestão de Weintraub, dos mais ideológicos ministros do governo Bolsonaro.

Milton Ribeiro diz que Enem 2021 terá a cara do governo 'no sentido de competência, honestidade e seriedade'

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A agenda de educação do governo tem por objetivo atender à visão distorcida e preconceituosa ou alinhada a "fake news" divulgadas pelo presidente sobre diversos temas, como a ditadura militar.

Na visão de aliados de Bolsonaro, para administrar a pasta de Educação, o ministro precisa estar ciente da missão e executar a agenda ideológica.

Por isso, ministros do governo que acompanham a nova acusação de interferência na área, agora na prova do Enem, afirmam que Ribeiro ganha força sempre que aparece alguma acusação de interferência ideológica na área.

“Isso aí vai enfraquecer Ribeiro? Ele está ali para executar a política de Bolsonaro. Essa crise só vai fortalecê-lo mais”, disse um ministro ao blog.

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