Brasil Educação Enem e vestibular

Ministro da Educação diz que Enem não corre risco

Abraham Weintraub afirmou que candidatos não devem se preocupar com a impressão da prova; gráfica responsável pelo exame decretou falência no começo de abril
Ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: EVARISTO SA / AFP
Ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: EVARISTO SA / AFP

BRASÍLIA—  O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não corre risco e aconselhou os estudantes a estudarem pois a disputa é "acirrada". As falas sobre o caso foram dadas após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, na tarde desta quinta-feira no MEC.



— Hoje eu acho que o Enem, assim como foi quando eu assumi, não representa uma ameaça. Continuem estudando pro exame, se preparem, porque a disputa é acirrada —  afirmou.

Weintraub defendeu que os brasileiros já têm muitas preocupações e a impressão da prova do Enem não precisa ser uma delas.

— A sociedade, a população já tem muita preocupação. Não tem alarme, não tem nada. O dia que a gente falar 'olha, tem risco', a gente vai falar.

No começo de abril, a empresa responsável por imprimir as provas do Enem, RR Donnelley, decretou falência a poucos meses da aplicação da prova, que está programada para novembro. A gráfica é responsável pela impressão desde 2009.

Ontem, o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) contratasse uma nova empresa para a impressão das provas do Enem, devido a falência da RR Donnelley. Decisão que Weintraub considerou "muito compreensiva e colaborativa".

Questionado sobre a afirmação do ministro e de que maneira o MEC pretende atender essa população, a pasta respondeu que a fala de Weintraub "trata da gestão adequada e justa dos recursos públicos destinados às instituições de ensino de forma isenta e respeitando os ditames constitucionais de prover educação de qualidade seguindo os princípios da legalidade, isonomia, moralidade e eficiência."

O MEC ainda não informou qual o valor transferido a essas escolas e como o repasse é feito.