Microsoft Teams funciona como base para aplicação de metodologias ativas - PORVIR
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Microsoft Teams funciona como base para aplicação de metodologias ativas

Plataforma vai além da videoconferência e amplia as possibilidades de estratégias para a atuação do professor

Parceria com Microsoft

por Fernanda Nogueira ilustração relógio 10 de dezembro de 2020

Professores que buscam trabalhar com metodologias ativas no processo de ensino e aprendizagem podem contar com as funcionalidades da plataforma Microsoft Teams. Já conhecida e utilizada para aulas síncronas, a ferramenta vai além da videoconferência e funciona como um hub de comunicação e colaboração. Pode ser usada para ensino, pesquisa, gerenciamento de projetos e vida estudantil tanto nas aulas a distância como presenciais.

Um exemplo de uso da metodologia de sala de aula invertida, segundo Vera Cabral, diretora da Microsoft Educação, é a estratégia de aprendizagem baseada em projetos. O professor pode gravar uma aula, utilizando o PowerPoint ou outra ferramenta, com todo o conteúdo necessário para que os alunos comecem seus projetos. Depois, pode subir essa aula gravada em sua classe no Teams. As interações síncronas, por meio das videochamadas, podem ser utilizadas como momento de facilitação e orientação.

“Assim como toda ferramenta, os resultados a serem alcançados com o Teams dependem muito de como ele é utilizado. Para fomentar o protagonismo, a autonomia e a colaboração entre os alunos, podemos fazer uso de metodologias ativas mediadas pelas ferramentas presentes na plataforma”, diz Vera.

As funcionalidades ajudam o professor a registrar as aulas e evitar o retrabalho. As chamadas de vídeo, por exemplo, podem ser gravadas. Com isso, ele pode ter um portfólio de todas as conversas com os alunos e um diretório com as gravações, que pode compartilhar como preferir.

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Ainda nas interações síncronas, a lista de chamada é feita automaticamente, após o término da aula. O professor pode baixar um arquivo de Excel com o registro de todos os participantes que entraram e saíram da sala virtual. Questionários de múltipla escolha feitos no Forms também podem ser corrigidos automaticamente. Eles podem ser associados a trabalhos e designados dentro da própria classe do professor. Já o calendário ajuda na gestão das aulas.

Para otimizar o tempo, há a possibilidade de criação de um caderno para cada aluno da classe de maneira automatizada. Ele é baseado no OneNote e permite uma perspectiva de ensino personalizado. Com o OneNote é possível ainda utilizar diversas ferramentas pedagógicas, que podem automatizar diferentes interações, como a distribuição de uma lista de exercícios.

Modo Juntos do Microsoft Teams mostra rosto de usuários diante de uma projeção de salas e espaços de aprendizagemCrédito: Divulgação

GIF Animado mostra diferentes exibições do Modo Juntos do Microsoft Teams

Outra funcionalidade permite que os alunos sejam divididos em grupos, com a ferramenta Sala para Sessões de Grupos, presente na videochamada. O professor pode separar os alunos em até 50 salas diferentes e mediar o trabalho em grupo a partir de uma chamada maior. É possível o retorno para a chamada original, com todos juntos, a partir das salas menores também. O educador consegue criar ainda canais privados dentro da classe, para cada grupo, tendo acesso a todos os grupos. Já os alunos têm acesso apenas aos seus respectivos grupos. Com isso, é possível uma mediação assíncrona do trabalho colaborativo.

“O trabalho em grupo é de suma importância durante o processo de ensino e aprendizagem, além de fazer parte como uma das abordagens mais utilizadas em metodologias ativas, é possível trabalhar competências como colaboração, autonomia e criatividade, todas essenciais para o pleno desenvolvimento dos alunos e presentes na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e em documentos mundiais de educação para o Século 21”, afirma Vera.

De acordo com a diretora, a integração do Teams com outros programas do Office 365, como Word e Excel, permite uma perspectiva de plataforma integrada, focada em colaboração. “A possibilidade de concentrar ferramentas Microsoft, e até mesmo aplicativos terceiros, para atividades do dia a dia em um só lugar pode facilitar muito a vida do professor e de todos os envolvidos na educação.”

Há ainda o Insights, que rastreia o comportamento do aluno na plataforma. Mostra se ele entrou, o que acessou e quais trabalhos entregou, segundo Fernando Puertas, educador da Microsoft. Os dados permitem uma análise das práticas pedagógicas. “Se usou uma metodologia não engajadora, por exemplo, com os dados, pode mudar suas estratégias e abordagens. A ferramenta foi pensada para dar um norte e embasar as decisões do professor.”

Quadro mostra atividades de alunos noMicrosoft Teams Crédito: Divulgação

Insights mostra em detalhes toda a atividade do aluno em uma aula ou projeto

Algumas destas funcionalidades foram lançadas neste ano, como o Modo Conferência (Together Mode, em inglês), focado no bem-estar durante uma interação remota.

“Ele cria um modo de visualização, que elimina o plano de fundo e posiciona todos os participantes que estão com a câmera ligada em um auditório, ou em um cenário escolhido pelo usuário. Este modo proporciona uma perspectiva de profundidade, amenizando a estafa de uma interação por vídeo, que pode ser muita cansativa devido ao excesso de estímulos vivenciados”, explica Vera.

Com o controle do microfone (Hard Mute, em inglês), o professor faz a gestão total de uma reunião com chamada de vídeo. “Consegue deixar aberto ou bloquear o áudio dos alunos. Ele decide”, diz Fernando.

Por que (e para quê) tantas metodologias

Estudante no centro
Para Julci Rocha, fundadora da Redesenho Educacional, assessoria de formação de educadores, e MIE Fellow (professora referência Microsoft no Brasil), vale a pena buscar um uso ampliado do Teams, com colaboração, gestão de atividades, organização e gestão da sala, além do espaço para encontros síncronos.

A figura central deve ser o estudante, com o incentivo ao trabalho colaborativo, à resolução de desafios, à documentação e ao atendimento individual. “Um recurso muito poderoso é a conversa individualizada, que outras não tem. Não é só veiculação de um para muitos. Permite encontrar o estudante e fazer uma reunião só com ele, trocar mensagens, ter um histórico da conversa. Ajuda a individualizar o atendimento, a se aproximar das famílias”, explica Julci.

Ela destaca ainda a possibilidade de criar rubricas de avaliação. “O professor consegue criar uma tarefa, com prazo marcado no calendário. Designa também critérios de avaliação na própria tarefa. É uma ferramenta bem completa nesta perspectiva, de permitir no mesmo espaço todo o processo. O aluno sabe o que o professor vai observar e segue os critérios.”

Exemplos
Para a educadora, o melhor uso da plataforma é aquele feito de forma intencional e intensiva. Algumas redes que já escolheram o Teams e têm uma utilização interessante dele são as Fatecs (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) e Etecs (Escola Técnica Estadual), do Centro Paula Souza, em São Paulo, o Sesi-SP, a rede Marista, entre outras. “Quando a instituição decide qual plataforma vai usar, todos falam a mesma língua. Isso ajuda o professor a organizar o processo pedagógico”, afirma Julci.

Um exemplo de uso feito pelos professores do Sesi-SP, de acordo com ela, foi a gravação de vídeos curtos. “Eles gravam e deixam à disposição dos estudantes nas equipes. Ao invés de terem de usar outra ferramenta para gravar, usam o próprio Teams.” A rede faz todo o processo de gestão, como organização dos calendários e das tarefas, pela plataforma.

No Instituto Santa Luzia, de Porto Alegre, a plataforma é usada para lançar um olhar individualizado aos estudantes. “Eles fazem a busca ativa do aluno pelo chat se ele não aparece na aula ou mostra dificuldade. O professor consegue usar a ferramenta para procurá-lo. Pode convidar o pai para uma conversa para entender o que está acontecendo.”

A educadora conta que a rede Marista implementou o Teams em todos os colégios. “Colocaram no mesmo espaço todos os professores e suas turmas. Passaram a produzir trilhas de aprendizagem para os estudantes, com momentos de encontro específicos. A rede mostrou uma preocupação em inovar no momento da pandemia, coisa que vi pouco nas escolas”, diz Julci.

A rede municipal de Santo André (SP) está em fase de implementação, segundo a educadora. “Estão decidindo com cuidado o que fazer no espaço, como se comunicar com os estudantes, como dar conta de quem não tem acesso.” Outra referência é o Colégio Paraíso, em Juazeiro do Norte (CE). “Fazem um trabalho poderoso de inovação, com o uso das ferramentas para formação de professores.”

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aplicativos, aprendizagem ativa, aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem colaborativa, autonomia, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, tecnologia

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