Por G1 Minas — Belo Horizonte


Organização dos materiais escolares para montar a mochila — Foto: Pixabay/Divulgação

Minas Gerais teve queda de 5,6% nas matrículas na educação básica em 2019, informou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

De acordo com o órgão, houve 4,4 milhões de matrículas, 259.931 a menos em comparação a 2015.

Dados da educação no estado, referentes a 2019, foram divulgados pelo Inep nesta segunda-feira (1º).

Cor/raça

Com relação à cor/raça, percebe‐se que as maiores proporções de alunos de cor/raça branca são identificadas na creche (48,1%) e na pré‐escola (45,4%).

Por outro lado, pretos e pardos apresentam maiores proporções na educação de jovens e adultos (69,5%) e na educação profissional concomitante ou subsequente (61,3%).

A ausência da informação de cor/raça ainda ultrapassa 11% em cada uma das etapas da educação básica.

Educação infantil

Já as matrículas na educação infantil cresceram 11,4% de 2015 a 2019, atingindo 802.844 matrículas em 2019.

Segundo o Inep, o crescimento foi decorrente principalmente do aumento das matrículas da creche.

Tempo integral

Já na pré‐escola, o percentual foi de 12,6%, em 2019, aumentando 0,6 ponto percentual em relação a 2018.

O percentual de matrículas em tempo integral da creche foi de 58,6%, caindo 0,5 ponto percentual em relação a 2018.

Ensino fundamental

Em 2019, foram registradas 2,5 milhões de matrículas no ensino fundamental. Esse valor é 7,9% menor do que o número registrado para o ano de 2015.

Os anos iniciais apresentaram uma redução de 4,2% nas matrículas entre 2015 e 2019 e os anos finais apresentaram uma redução de 12,% no mesmo período.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, a rede municipal apresentou a maior participação, com 59,3% das matrículas, sendo seguida pela rede estadual com 26,0% das matrículas.

Nos anos finais, a rede teve a maior participação, com 61,1% das matrículas, sendo seguida pela rede municipal com 27,6%.

Ao avaliar como o número de matrículas do ensino fundamental está distribuído em relação à localização, observa‐se que a maioria delas (93,2%) do ensino fundamental está localizada em escolas urbanas.

Além disso, 99,4% das matrículas da zona rural são atendidas pela rede pública.

Tempo integral

Em 2019, 5,7% dos matriculados no ensino fundamental permaneceram 7 horas diárias ou mais em atividades escolares (considerando a soma da duração da escolarização com a duração da atividade complementar), caracterizando‐os como alunos de tempo integral.

A proporção de matrículas de tempo integral é menor na rede privada do que na rede pública,1,3% e 6,3%, respectivamente.

Ensino médio

Em 2019, foram registradas 751.103 matrículas no ensino médio. Esse valor é 4,6% menor do que o número registrado em 2015.

O ensino médio não integrado à educação profissional apresentou uma redução de 4,3% no número de matrículas entre 2015 e 2019 e o ensino médio integrado à educação profissional apresentou uma redução de 10,5% no mesmo período.

A rede estadual possui a maior participação na matrícula do ensino médio com 86,3%, sendo seguida pela rede privada (9,8%). O percentual de matrículas da rede estadual caiu 0,3 ponto percentual entre 2015 e 2019.

No mesmo período, a participação das matrículas das escolas da rede privada caiu 0,6 ponto percentual.

Ao avaliar como o número de matrículas do ensino médio está distribuído em relação à localização, observa‐se que a maioria das matrículas (97%) do ensino médio está localizada em escolas urbanas e 92,9% das matrículas da zona rural são atendidas pela rede pública.

Tempo integral

Em 2019, 3,9% dos matriculados no ensino médio permanecem 7 horas diárias ou mais em atividades escolares (considerando a soma da duração da escolarização com a duração da atividade complementar), caracterizando‐os como alunos de tempo integral.

Em 2018, esse percentual era de 4%. A proporção de matrículas de tempo integral é maior na rede privada (5,8%) do que na pública (3,7%).

Desde 2015, a proporção de matrículas da rede pública classificadas como de tempo integral aumentou 1,5 ponto percentual.

Educação de jovens e adultos

O Inep disse que o número de matrículas da educação de jovens e adultos(EJA) apresentou uma queda de 18,9% de 2015 a 2019, chegando a 250.168 em 2019.

Em relação ao ano de 2018, o número de matrículas da EJA de nível fundamental caiu 15,7%. A EJA de nível médio apresentou uma redução de 22,9% em relação a 2018.

Na EJA de nível fundamental, 47% das matrículas estão na rede municipal, seguida pela rede estadual, com 42,5% das matrículas.

Na EJA de nível médio, a rede estadual é responsável por 93,4% das matrículas, seguida da rede municipal com 4,4%. A EJA concentra, proporcionalmente, um maior número (97,9%) na zona urbana.

Faixa etária e sexo

A EJA é composta predominantemente por alunos com idade entre 20 a 29 anos, que representam 32,4% das matrículas. Nessa mesma faixa etária, os estudantes do sexo masculino são maioria, representando 54% das matrículas.

Cor/raça

Em relação à cor/raça, percebe‐se que os alunos identificados como pretos/pardos representam 71,4% da EJA de nível fundamental e 67,9% da EJA de nível médio em relação à matrícula dos alunos com informação de cor/raça declarada.

Os alunos declarados como brancos representam 27,8% da EJA de nível fundamental e 31,6% da EJA de nível médio.

Educação profissional

O número total de matrículas da educação profissional apresentou uma queda de 24,8%de 2015 a 2019, chegando a 129.886 matrículas em 2019. Em relação ao ano de 2018, o número de matrículas da educação profissional subsequente ao ensino médio caiu 17,6%.

As matrículas da educação profissional estão principalmente concentradas na rede privada, com 53,8%, seguida da rede federal com 30,1%.

Verifica‐se ainda que 28,6% das matrículas da rede federal estão localizadas na zona rural.

Faixa etária e sexo

A educação profissional é composta predominantemente por alunos com menos de 20 anos, que representam 48,4% das matrículas. Nessa mesma faixa etária, os alunos do sexo feminino são maioria, representando 53,2%.

Cor/raça

Na educação profissional verifica‐se que brancos e pretos/pardos representam, respectivamente, 40,3% e 59% das matrículas.

Quando investigadas as modalidades da educação profissional, percebe‐se um maior percentual de brancos na modalidade integrada ao nível médio (47,3%), assim como, de pretos/pardos na modalidade EJA de nível médio (66,5%).

Os alunos declarados como amarelos/indígenas representam apenas 0,7% da matrícula total.

Educação especial

O número de matrículas da educação especial chegou a 142.098 em 2019, um aumento de 28% em relação a 2015.

O maior número está nos anos iniciais do ensino fundamental, que concentra 38% das matrículas da educação especial.

Quando avaliada a diferença no número entre 2015 e 2019 por etapa de ensino, percebe‐se que as matrículas de ensino médio cresceram 194,2%.

O percentual de alunos com deficiência, transtornos do espectro autista ou altas habilidades matriculados em classes comuns no ensino fundamental aumentou entre 2015 e 2019.

Destaca‐se o Plano Nacional de Educação (PNE), cuja a meta 4 se refere à educação especial inclusiva para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos do espectro autista e altas habilidades ou superdotação.

Considerando a mesma população de 4 a 17 anos, verifica‐se que o percentual de alunos incluídos em classe comum e que têm acesso às turmas de atendimento educacional especializado (AEE) também cresceu no período, passando de 31,5%, em 2015, para 37,1%, em 2019.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!