Por Geovane Brito, Adonias Silva e Dominique Cavaleiro, G1 Santarém


Reunião volta a discutir insegurança nas escolas da rede pública em Santarém

Reunião volta a discutir insegurança nas escolas da rede pública em Santarém

A segurança nas escolas da rede pública em Santarém, oeste do Pará, voltou a ser discutida por diretores, professores e o comando da Polícia Militar (PM) nesta segunda-feira (15). O encontro ocorreu na sede da 5ª Unidade Regional de Ensino (5ªURE) e foi motivado pelas várias ocorrências de assaltos e invasões em instituições de ensino. O objetivo foi traçar estratégias para coibir práticas criminosas no âmbito escolar.

De acordo com o comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Ademar Maués, Santarém é dividida nas zonas leste (periferia) e oeste (centro) para facilitar o monitoramento dos policiais por meio da ronda escolar, que é realizado em duas viaturas.

Duas bases móveis de policiamento fazem a segurança nestas zonas. Uma fica localizada na Praça Barão de Santarém e a outra, a cada dois meses, é deslocada para bairros da zona leste.

Na reunião, Maués explicou que não há efetivo suficiente para fazer a segurança em cada escola de Santarém, mas as viaturas que fazem a cobertura nos bairros são orientadas a dar suporte em horários de entrada e saída de estudantes nas escolas e pontos de ônibus.

Ele ressalta que as pessoas devem redobrar a atenção para evitar assaltos. “Não devem ficar com celular na mão em paradas de ônibus ou na porta de colégios, evitando usar redes sociais. O uso de joias também deve ser evitado, porque estamos em uma era na qual os assaltantes estão mais ousados”, disse.

Diretores de escolas, representantes da 5ª URE e PM participaram da reunião — Foto: Adonias Silva/G1

Uma das preocupações da 5º URE é com a aproximação do período junino e as festas escolares. Nesse período as escolas ficam mais movimentadas e a circulação de pessoas aumenta.

Para a diretora da escola Plácido de Castro, Auxiliadora Moura, a falta de apoio do estado influencia no aumento dos índices de criminalidade e insegurança nas escolas do município, prejudicando o rendimento dos alunos. “Os pais cobram respostas da escola e nós cobramos do estado, de modo geral, sobre a segurança”, enfatizou.

A diretora informou ao G1 que somente no início de 2017, sete assaltos foram registrados nas dependências da escola. Na maioria dos casos os assaltantes usaram armas e levaram os celulares dos alunos. Como o prédio da instituição fica em uma área muito grande, ele está vulnerável as ações criminosas. As salas têm grades protetivas e alguns profissionais fazem a segurança nos portões de acesso.

“Quando percebemos comportamentos estranhos, ligamos para a ronda escolar. Sempre nos preocupamos com a segurança dos alunos e dos servidores. O aumento no número de assaltos é preocupante”, disse a diretora.

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