O Ministério da Educação aumentou o teto do Fies para Medicina em portaria publicada nesta quarta-feira. Com isso, o valor máximo de financiamento por semestre sobe de R$ 52,8 mil para R$ 60 mil. O aumento já havia sido divulgado pelo FNDE no início de junho e era uma antiga reivindicação dos interessados no programa.
O reajuste representa o novo valor máximo que pode ser financiado por semestre. Ou seja, R$ 10 mil por mês. Para os demais cursos de graduação, o valor segue inalterado, permanecendo R$ 42.983,70, no máximo, e R$ 300, no mínimo, por semestre.
O novo teto passa a valer a partir de hoje aos novos contratos e também para os aditamentos de renovação.
O argumento dos interessados no aumento é de que os cursos de graduação em medicina são mais caros do que o curso de outras carreiras, por isso, muitos alunos que poderiam se beneficiar do Fies não conseguiam pagar o valor que ficava fora do financiamento. Entenda:
- Algumas estimativas apontam que a mensalidade de cursos de Medicina no Brasil variam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil
- Com o antigo teto, o máximo que os estudantes conseguiriam era que R$ 7,14 mil fossem financiados por mês. A diferença é paga diretamente à universidade durante o curso
- Agora, com o aumento do teto para R$ 10 mil mensais, já será possível, em tese, financiar todo o curso de Medicina para o pagamento ser feito só depois do diploma
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a pasta também criou um grupo de trabalho interministerial para apresentar uma lei ao Congresso Nacional com mudanças no Fies. Em anúncio, nas redes, Santana afirmou que haverá modificações importantes para “fortalecer esse importante programa para os alunos e jovens de todo o Brasil".