Por G1


O Ministério da Educação (MEC) colocou Karine Silva dos Santos, ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para comandar a Diretoria de Articulação e Apoio às Redes de Educação Básica. A nomeação está no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (28).

O posto pode ter um papel-chave no apoio às escolas públicas na retomada das aulas presenciais, mas ainda é incerta a postura que o MEC terá em uma possível articulação nacional (leia mais abaixo).

O G1 entrou em contato com o MEC pedindo mais informações, entre elas, se a ideia seria acelerar as articulações com as redes na reabertura das escolas. Em nota, o MEC respondeu que a nomeação atende aos critérios estabelecidos pelo decreto nº 9.727/2019, que traz conceitos como idoneidade moral e reputação ilibada, além de perfil profissional de acordo com a função. A pasta não respondeu sobre possíveis mudanças nas ações da área.

Karine foi nomeada para a presidência do FNDE em dezembro do ano passado. Na época, o MEC afirmou que "a escolha do nome [de Karine] se deu pelo perfil técnico". O fundo tem a função de executar os principais programas de financiamento da educação básica, como os programas de merenda escolar, transporte escolar e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), e tem orçamento de 54 bilhões.

O "perfil técnico" de Karine a manteve seis meses à frente do cargo. Em junho deste ano, o governo Bolsonaro colocou o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Marcelo Lopes da Ponte, à frente do órgão.

Após sair do FNDE, Karina ocupou o cargo de técnica em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais.

MEC e apoio às redes na pandemia

O ministério ainda não divulgou ações de apoio às escolas públicas, que devem ter redução no orçamento de R$ 59 bilhões com a queda de arrecadação de tributos estaduais e municipais destinados à educação, justamente no ano em que terão aumento de custos, com a readequação dos espaços para receber alunos e novos protocolos de segurança e higiene.

Por enquanto, o MEC anunciou o apoio a 400 mil estudantes de baixa renda que estão em universidades e institutos federais de ensino. Eles receberão chips pré-pagos ou bônus de internet para acessar as aulas virtuais, ao custo de R$ 24 milhões. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, chegou a afirmar que a ajuda chegou "um pouquinho tarde".

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