Topo

Esse conteúdo é antigo

MEC: Ministro interino diz que vai implementar mecanismos de transparência

Victor Godoy Veiga, ministro interino da Educação - Luis Fortes/MEC
Victor Godoy Veiga, ministro interino da Educação Imagem: Luis Fortes/MEC

Do UOL, em São Paulo

30/03/2022 18h16Atualizada em 30/03/2022 19h11

Nomeado hoje (30) como ministro interino do MEC (Ministério da Educação), Victor Godoy divulgou uma carta na qual agradece a oportunidade e diz quais são seus principais objetivos no cargo. Em um trecho do texto ele também promete "incrementar os mecanismos de transparência".

"Atuarei com rigor para incrementar os mecanismos de transparência e integridade na aplicação dos recursos educacionais, inclusive, colaborando com os órgãos de investigação e controle", garantiu.

Na carta, compartilhada nas redes sociais, ele se comprometeu a dedicar todos os esforços "para propiciar um retorno efetivo e seguro às atividades presenciais, com a recuperação e recomposição da aprendizagem". Também disse que terá como prioridade garantir "o direito à educação para todos".

Godoy também prometeu se dedicar ao fortalecimento da alfabetização, ensino técnico e profissionalizante, ensino superior, pesquisa científica e pós-graduação. O ministro interino garantiu, ainda, que atuará para avançar na implantação do Novo Ensino Médio.

Quem é Godoy?

Mais cedo, a descrição do perfil de Godoy no Instagram dizia "Ministro de Estado da Educação". Pouco depois, no entanto, Godoy fez alteração para "ministro interino".

Godoy é servidor de carreira como auditor federal na CGU (Controladoria-Geral da União) desde 2004. Em julho de 2020, quando Ribeiro passou a chefiar o MEC, ele foi convidado para o ocupar o cargo.

Ele assume o comando da pasta após a saída de Milton Ribeiro, pastor presbiteriano que deixou o comando da pasta após a divulgação de um áudio em que ele afirma que o governo federal prioriza a liberação de verbas da Educação a prefeituras ligadas a dois pastores.

Sem cargos, os líderes religiosos atuam em um esquema informal de liberação de verbas do MEC, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. "Foi um pedido especial que o Presidente da República [Jair Bolsonaro] fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar [Santos]", diz o ex-ministro na gravação.

Ribeiro nega envolvimento e já afirmou que solicitou investigação sobre o caso. "Tenho plena convicção de que jamais realizei um único ato de gestão na minha pasta que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário", escreveu em carta divulgada após a saída do ministério.