Brasil Educação

MEC lança formação de professores para implementação do Novo Ensino Médio no Brasil

Módulos são de 180 horas. Além da teoria, haverá propostas de aplicação prática, indicando soluções pedagógicas voltadas à interdisciplinaridade
Depois da pandemia, alunos da Escola Estadual Homero de Miranda Leão, em Manaus, terão que enfrentar mudanças no ensino médio Foto: Raphael Alves / Agência O Globo
Depois da pandemia, alunos da Escola Estadual Homero de Miranda Leão, em Manaus, terão que enfrentar mudanças no ensino médio Foto: Raphael Alves / Agência O Globo

RIO - O Ministério da Educação (MEC) lança, nesta terça-feira, uma formação específica para professores do ensino médio de escolas públicas e privadas.

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São cinco formações gratuitas, disponíveis no Avamec, referentes a cada uma das áreas do conhecimento que estarão nas matrizes curriculares no ano que vem: Linguagens e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Além disso, haverá o módulo “Mundo do Trabalho”, que mostra como os docentes poderão orientar os estudantes sobre projeto de vida, carreira e empreendedorismo.

Os módulos são de 180 horas. Além da teoria, haverá propostas de aplicação prática, indicando soluções pedagógicas voltadas à interdisciplinaridade. O objetivo é atingir os 505.782 docentes de ensino médio que atuam nas escolas públicas. Os docentes da rede privada também poderão se beneficiar dessa formação.

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— Diante das alterações curriculares e pedagógicas, que têm impactado diretores escolares, professores e alunos, o MEC sentiu a necessidade de preparar os docentes do ensino médio para se sentirem seguros na implementação da nova organização do ensino — explica o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação, Renato de Oliveira Brito, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC.

Ideia debatida nos últimos 25 anos, a reforma do ensino médio começará a sair do papel no início de 2022. Essa é a mudança desde 1971. No entanto, professores e escolas seguem no escuro, sem orientações e com caminhos a seguir indefinidos. Para especialistas, há problemas para se implementar a proposta pedagógica.

O traço mais característico desse novo modelo é que ele lembra a organização do conteúdo aplicado há anos pelas universidades. Em vez de 13 disciplinas fixas nos três anos da grade curricular, a proposta prevê dois pilares, um de formação geral e obrigatória e outro voltado para carreiras de interesse dos alunos, chamado de itinerário formativo.