Os ministérios da Saúde e Educação lançaram nesta quarta-feira uma campanha contra a dengue nas escolas que deve durar 20 semanas, e visa levar ações de prevenção à doença no ambiente escolar. A ministra Nísia Trindade disse que os alunos serão “agentes de saúde” e terão um papel fundamental no combate ao mosquito.
O evento de lançamento foi feito nesta quarta-feira, no Distrito Federal, onde já foram contabilizadas 35 mortes por dengue neste ano. Na cerimônia, a ministra Nísia Trindade disse que os alunos de escolas de educação básica também ajudarão no combate à proliferação da dengue.
— Vocês também vão ser agentes de saúde (alunos), cada um de vocês aqui, na sua casa, as escolas terão um papel fundamental. Nós contamos com vocês, com ideias que vocês tenham, cada um de vocês devem se comunicar com seus amigos, nas redes, vamos ampliar isso. Vocês vão ser agentes na escola, no bairro de vocês, nas famílias, porque nós não podemos perder essa batalha — detalhou a ministra.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também participou do evento e detalhou as ações que serão desenvolvidas com os alunos nas escolas nas próximas 20 semanas. Segundo ele, os estudantes participarão de atividades e gincanas voltadas para educação no combate contra a dengue.
— Toda semana, o Ministério da Saúde e o da Educação, vão informar a trilha de ações para aquela semana. As escolas vão fazer murais, gincanas, atividades dentro da escola, envolver atividades em torno da escola, fazer as crianças levarem informações para suas casas, para seus pais, familiares, orientações que vocês vão ter que receber aqui na escola de vocês — disse Santana.
As iniciativas fazem parte do programa Saúde na Escola, que foi retomado pelos ministérios em agosto do ano passado, com um investimento de R$ 90,3 milhões.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 688 mil casos de dengue já foram registrados no Brasil em 2024. O número é 315% maior que os 165.839 diagnósticos contabilizados no mesmo período de 2023. Já foram confirmadas 122 mortes no país, além de 456 óbitos suspeitos em investigação.