Após meses de indefinições e uma crise interna que levou a um troca-troca de funcionários de diferentes escalões no MEC (Ministério da Educação), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu, no dia 8 de abril, demitir o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez e nomear o economista Abraham Weintraub para comandar a pasta.
Ambos têm em comum a indicação ao cargo pelo escritor Olavo de Carvalho, o "guru" intelectual de Bolsonaro.
Desde março, uma série de desentendimentos entre figuras ligadas a militares e discípulos de Olavo expôs a crise interna no MEC. O jogo de forças levou à exoneração de mais de dez pessoas do alto escalão do ministério, incluindo Vélez e comprometendo o funcionamento da pasta.
Com isso, no saldo dos 100 primeiros dias de governo, a única medida apresentada pelo MEC foi um decreto da Política Nacional de Alfabetização, que prioriza o chamado método fônico. A adoção de uma única metodologia foi alvo de críticas.
Weintraub, ao tomar posse, disse que seu objetivo é "acalmar os ânimos". Mas também deu a entender que não teria problemas em tirar do ministério quem não estiver de acordo com o rumo dado por ele à pasta.
Mas o que deve ser encarado como prioridade pelo novo ministro? Consultadas pelo UOL, especialistas da educação elencaram quatro pontos iniciais.