A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (SEE) informou que os cursos foram iniciados, porém os estudantes ainda não tiveram aulas das disciplinas do currículo técnico por falta de professores.

Conforme o órgão, não foi deixado nada firmado na gestão anterior para que houvesse continuidade e possibilidade de contratação de profissionais em 2019. Por isso, a secretária busca uma solução para contratar professores de áreas técnicas, mas ainda não há previsão para que as aulas profissionalizantes iniciem.

Uma das estudantes, que preferiu não se identificar, faz o curso de técnico de enfermagem desde 2017 e reclama do atraso. Segundo ela, a previsão era de conclusão do curso em três anos e meio, mas, como as disciplinas não iniciaram, não tem mais perceptiva de quando vai conseguir concluir.

“Na verdade, a gente já iniciou atrasado o ano letivo em 2017, que era para iniciar em fevereiro ou março e começou em agosto. Mas, esse ano a gente teve um atraso ainda maior, já vamos para maio e os cursos específicos - saúde bucal, técnico de enfermagem e estética - ainda não tiveram nenhuma aula de educação profissionalizante”, reclamou a estudante.

Outro aluno do curso técnico em saúde bucal, que também não quis ter o nome revelado, falou que o atraso acaba sendo desestimulante para os estudantes que pretendiam sair do ensino médio já com o curso técnico para entrar no mercado de trabalho.

“Desde o ano passado que a gente está sem as aulas de áreas técnicas e estamos só nos prejudicando. Um curso que era para terminar em três anos, vai se estender por uns quatro anos e meio. A gente fala com a diretora e é sempre a mesma resposta, que não tem previsão”, disse o aluno.

Em março deste ano, o governador do Acre, Gladson Cameli, entregou as novas instalações da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha. Orçada em R$ 1,6 milhão, a reforma durou seis meses e foi a primeira a ser entregue na gestão de Cameli.