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Mais de 510 mil pessoas já se inscreveram no Enem 2017

Este foi o primeiro dia para cadastro dos candidatos, que relataram problemas no portal do MEC
Estudantes chegam a um local de prova no Rio de Janeiro, no Enem 2018 Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Estudantes chegam a um local de prova no Rio de Janeiro, no Enem 2018 Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

RIO — As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 começaram ontem e registraram no primeiro dia, até 19h, 510 mil candidatos cadastrados, mais de 770 por minuto. A estimativa é de que pelo menos 7 milhões de inscrições sejam feitas até as 23h59m do dia 19 de maio, quando se encerra o prazo.

Os estados com maior número de inscrições foram São Paulo (92.114), Minas Gerais (53.904), Rio de Janeiro (44.168), Bahia (36.897) e Rio Grande do Sul (25.148).

Os que desejarem fazer o Enem 2017 têm até o dia 19 de maio para efetuar a inscrição no portal do MEC . Os estudantes que não se enquadrarem nos critérios de isenção, deverão pagar R$ 82 até o dia 24 de maio. Só então, a inscrição será confirmada.

No início da manhã desta segunda-feira, alguns estudantes relataram problemas para concluir a inscrição. Muitos se queixavam da lentidão do sistema, enquanto outros afirmavam que a plataforma não salvava as informações inseridas, o que fazia com que os candidatos tivessem que começar novamente quando acontecia algum problema na página. O Inep informou que “para se inscrever, o interessado deve ficar atento ao tempo”. Isso porque cada tela do procedimento fica aberta por até dois minutos. Depois desse tempo, se o estudante não fizer alguma intervenção, o sistema fica inativo e a inscrição de ser reiniciada.

Os mecanismos de segurança estão mais rígidos nesta edição, após denúncia de alguns candidatos de que suas páginas de participante teriam sido invadidas em 2016. Agora, para redefinir sua senha pessoal, os candidatos só poderão recuperá-la por celular— por meio de SMS — e e-mails, ambos cadastrados durante a inscrição. A senha escolhida pelo candidato pode ter entre 6 e 10 caracteres, compostos por letras e números, e com distinção entre letras maiúsculas e minúsculas.

Os candidatos devem informar no ato da inscrição se necessitam de atendimento especializado. Neste ano, os estudantes que têm deficiência auditiva terão um recurso a mais: poderão solicitar exame com vídeo-prova na linguagem de sinais. A prova em vídeo será equivalente às demais, porém mais adaptada à realidade dos surdos, sem questões relacionadas à sonoridade, por exemplo. Os estudantes que optarem pela vídeo-prova receberão um notebook com o DVD explicativo dos itens, além da versão impressa. O caderno de respostas permanece o mesmo.

Também há novas regras para solicitar atendimento específico — destinado a gestantes, lactantes, estudantes em classe hospitalar, entre outros — e tempo extra de prova. É necessário informar a Classificação Internacional de Doenças (CID) e anexar o laudo médico. Ao contrário do que era praticado anteriormente, nem todas as deficiências receberão o tempo extra, apenas aquelas relacionadas a dificuldades cognitivas. O Inep afirma que a medida foi tomada porque, no ano passado, 70 mil pessoas obtiveram o tempo extra, mas foi constatado que nem todas necessitavam, o que aumentou gastos com a aplicação do exame.

O Enem deste ano também aumentou a fiscalização sobre as requisições de isenção de taxa. Alunos matriculados no último ano do ensino médio da rede pública terão isenção automática no sistema. Membros de famílias de baixa renda, que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), poderão solicitar a isenção. Também são elegíveis pessoas com renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio e que tenham cursado todo o ensino médio em rede pública ou com bolsa na rede particular.A isenção se dará por meio de solicitação no sistema de inscrição. E o MEC irá verificar os dados do candidato para ver se ele se enquadra nos critérios. Anteriormente, o benefício era concedido por autodeclaração, mas pesquisas do Inep mostraram que, nas últimas edições, 50% dos candidatos que solicitaram a isenção não compareceram às provas, gerando prejuízo.