Conforme mostrou o RJ1, apenas 10% dos jovens moradores de comunidades do Rio fizeram curso superior. Além disso, 60% chegaram ao ensino médio e 11% desses jovens não passaram do quinto ano.

A pesquisa apontou que a falta de escolaridade e de acesso à informação são algumas das principais questões enfrentadas por esses jovens.

“Mesmo se formando em universidade com diploma é difícil entrar no mercado de trabalho e eu vejo que o ensino é de péssima qualidade. Desde os anos iniciais do ensino, é difícil. O acesso a tudo é complicado”, disse a bióloga, Priscila de Melo.

A falta de acesso à informação também é uma questão para os moradores de comunidades. Apenas 36% dos jovens, entre 15 e 29 anos, têm internet em casa. Além disso, 9% dependem de conexão de vizinhos ou amigos para entrar na rede.

O acesso ao lazer é restrito às atividades da região: 27% disseram que não saem das favelas para atividades de lazer e cultura.

A pesquisa foi coordenada pela Secretaria de Juventude, que pede investimentos em educação para tentar mudar a atual realidade.

“Quase 30% dos nossos jovens não trabalham e nem estudam e, se a gente quer garantir o futuro da cidade o futuro dos nossos jovens, nós precisamos urgente cuidar desse cenário. Investindo pesado em educação. Mais história, mais matemática e com qualidade. Precisamos ir além e fazer com que esses jovens estejam adaptados para as atividades do século XXI”, disse o secretário Salvino Oliveira.