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Por Michele Prado, Helena Vieira e Pablo Ortellado*

Na condição de pesquisadores que investigam esse fenômeno nas redes, queremos trazer elementos objetivos de ponderação para tranquilizar mães e pais, além de professores e gestores da educação.

Embora os massacres em escolas sejam um fenômeno preocupante, ele é bastante localizado. Nos últimos vinte anos, tivemos pouco mais do que vinte eventos com vítimas fatais num universo de duzentas mil escolas no país. As chances de um episódio acontecer na escola do seu filho ou filha são muito pequenas, uma em dez mil – merece atenção, mas sem pânico.

Acompanhando nas redes sociais as comunidades que cultuam massacres, identificamos algumas poucas centenas de usuários ativos. Apenas uma pequena minoria destes jovens efetivamente tentará uma ação violenta.

Nos últimos dias, adolescentes que sinalizaram que estão planejando um ataque foram visitados por agentes de segurança pública. Essas ações policiais preventivas alertam os pais, alertam a escola e acabam com o elemento surpresa.

Redes sociais e aplicativos de mensagens foram inundados com ameaças. A imensa maioria dessas denúncias são boatos e trotes. Quando olhamos para ataques passados, quase não encontramos anúncios antecipados com data ou nome da escola, pois a imprevisibilidade é fundamental para o sucesso da ação.

Os agressores que atacam escolas buscam fama e reconhecimento. A disseminação de ataques passados e novas ameaças estimulam os imitadores. Não compartilhe esses conteúdos. Se receber uma ameaça, apenas comunique às autoridades. Nas redes sociais, não busque os perfis de agressores e não interaja com eles.

Por fim, recomendamos muito cuidado para não disseminar suspeitas sobre estudantes específicos, gerando estigmatização que pode levar a justiçamentos.

*Professor de Gestão de Políticas Públicas da USP e pesquisadores do Monitor do Debate Político no Meio Digital da universidade

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