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‘Lula vai recuperar a tragédia de Bolsonaro na educação’, diz Mercadante

Atual coordenador do plano de governo do petista criticou dados do Ideb divulgados nesta sexta-feira, 16, que mostram recuo da alfabetização infantil

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 set 2022, 21h24 - Publicado em 16 set 2022, 19h13

O ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT) criticou os resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) divulgados nesta sexta-feira, 16, pelo governo federal, e defendeu que a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantirá a recuperação do nível de ensino no país.

“É fato que a pandemia prejudicou a oferta e a qualidade educacional de maneira global. Entretanto, no Brasil, foi potencializada por um governo negacionista, que atuou de forma deliberada para atrasar a vacinação e que boicotou as medidas de distanciamento social”, diz o petista.

O Ideb foi criado em 2007, durante o primeiro mandato de Lula, e é uma espécie de termômetro usado para avaliar a qualidade do ensino público e privado no país – ele oferece subsídios, por exemplo, para o repasse de verbas a estados e municípios e para a elaboração de políticas públicas voltadas à educação.

Embora não tenha havido uma flutuação muito grande em relação à última avaliação do índice, realizada em 2019, os resultados mostram que a pontuação aferida piorou.

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Nos anos iniciais do ensino fundamental, que vão da primeira à quarta série (ou segundo ao quinto ano) – etapa em que acontece o processo de alfabetização –, a nota do Ideb nacional foi de 5,8 pontos, ante 5,9 em 2019, antes da pandemia. Da quinta à oitava série (ou do sexto ao nono ano), a variação também foi pequena e teve uma leve melhora – de 4,9 para 5,1. Já no ensino médio, o Ideb permaneceu em 4,2.

Apenas em relação aos dados de alfabetização, esta edição aponta que a porcentagem de crianças do segundo ano do ensino fundamental que ainda não sabem ler  nem escrever – nem mesmo palavras isoladas – mais do que dobrou desde 2019. “Os dados são aterradores e apontam para uma redução do aprendizado em todos os níveis dessa etapa de ensino. O único caminho é eleger Lula já no primeiro turno. Lula vai recuperar a tragédia de Bolsonaro da educação”, diz Mercadante.

“O Ministério da Educação de Bolsonaro se ausentou completamente do papel de coordenador da educação, prejudicando a reabertura das instituições de ensino e a garantia do direito à educação. Foram praticamente dois anos de afastamento do ambiente pedagógico, em que as redes de ensino e os alunos foram largados à própria sorte, sem sequer um plano de estudos ou acesso à educação remota”, completa.

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Na divulgação de dados desta sexta-feira, o atual ministro da Educação, Victor Godoy, atentou para o reflexo que o impacto da Covid-19 teve sobre o sistema de ensino e recomendou “cautela” para a leitura dos dados. Godoy declarou, ainda, que a pasta se antecipou a possíveis efeitos de distorção dos resultados, realizando articulações junto ao Congresso para garantir coerência nos índices que serão utilizados, agora, para o repasse financeiro a estados e municípios.

Merenda escolar 

Mercadante criticou, ainda, o congelamento que já dura cinco anos das verbas federais destinadas à merenda escolar — em agosto, o presidente Jair Bolsonaro vetou o reajuste aprovado pelo Congresso — e relembrou de iniciativas voltadas à educação pública aplicadas no governo do PT, entre elas o Programa Nacional de Alimentação Escolar e o Programa de Alfabetização na Idade Certa.

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“Além do reajuste no valor per capita transferido para estados e municípios, nos governos do PT, a merenda foi assegurada também aos estudantes do ensino médio. Tornou-se ainda um instrumento de desenvolvimento local, por meio da autorização da compra direta da agricultura familiar. O número de estudantes atendidos pelo programa de merenda escolar cresceu de 36,4 milhões para 41,3 milhões, entre 2002 e 2015″, afirmou.

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