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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta terça-feira, o projeto de lei que cria uma bolsa permanência para estudantes de baixa renda do Ensino Médio. Lula vetou trechos do projeto aprovado na Câmara, como o que estabelecia uma frequência mínima de 80% das aulas para que os estudantes tivessem acesso ao benefício. De acordo com o ministro da Educação, Camila Santana, estarão elegíveis estudantes de baixa renda matriculados na rede pública e com famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Entretanto, Camilo Santana evitou falar sobre os valores que serão pagos mensalmente aos estudantes. De acordo com o ministro, o próprio Lula irá fazer esta divulgação. Anteriormente, o Congresso previa um depósito mensal de R$ 200 por estudante e uma bonificação anual de R$ 1 mil para o aluno que fosse aprovado.

— O fundo destinado ao programa já conta com R$ 6.1 bilhões para o início dos trabalhos. Ainda estamos elaborando um decreto presidencial que vai regulamentar a lei e estabelecer as regras de elegibilidade. Já sabemos que teremos, no 3º ano do ensino médio, um auxílio a mais para quem fizer o Enem. Precisamos combater a evasão da prova. Mas, o valor que será sacado mensalmente pelo estudante, assim como o montante que ficará em uma poupança para ser sacado ao final do Ensino Médio, serão divulgados pelo presidente Lula — afirmou Santana.

O ministro afirmou que o estabelecimento de valores ainda depende de negociações com os estados.

— É necessário debater estes valores com os estados, que controlam o ensino médio. Os alunos receberão através de uma conta da Caixa. Estamos trabalhando para que todos os alunos tenham um CPF e estejam elegíveis. De certo, sabemos que a condição básica para receber o valor mensal será a frequência e para poder fazer o saque anual, será necessária a aprovação — completou.

Os valores serão depositados em conta a ser aberta em nome do estudante. O tipo de conta a ser aberta poderá ser a poupança social digital.

O que está previsto:

  • Estudantes terão que ter frequência mínima nas aulas para realizar o saque mensal
  • Ao final de cada ano letivo, o estudante aprovado terá um valor depositado em uma poupança. O acumulado dos três anos do ensino médio poderá ser citado após a conclusão do curso
  • Estudantes que fizerem o Enem no 3º ano também receberão uma bonificação pela execução da prova
  • Para estar elegível, será necessário participar de exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica e de avaliação dos estados para o ensino médio

O texto prevê beneficiar quase 2,5 milhões de jovens cadastrados no Bolsa Família, sendo 2,4 milhões do Ensino Médio e 170 mil entre 19 e 24 anos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Os depósitos começarão a ser feitos em março.

Ao todo, devem ser investidos no projeto cerca de R$ 20 bilhões até 2026, sendo R$ 6 bilhões neste ano e R$ 7 bilhões para manutenção anual da política. O objetivo é que o projeto entre em vigor no primeiro trimestre de 2024.

Atualmente, a evasão escolar no ensino médio atinge meio milhão de jovens por ano. De acordo com o Censo Escolar de 2022, a taxa de evasão no 1º ano do Ensino Médio é de 8,8%, sendo 8,3% no 2º ano e de 4,6% no 3°. O objetivo do programa é reduzir essa evasão em pelo menos um terço.

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