Lula refaz o que havia sido desfeito por Bolsonaro
Capes e MEC recriam programa Abdias Nascimento, destinado à formação de pretos, pardos e indígenas, além de população em situação de deficiência

Após os terríveis anos Bolsonaro, as políticas afirmativas, sob Lula, finalmente voltam a sair do papel.
Que Jair Bolsonaro não atuava pela minoria, por justiça social e por igualdade, todo mundo sabe. Que ele descontinuou importantes políticas públicas na área de saúde (em plena pandemia), educação e ciência e tecnologia, também. O Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, do Ministério da Educação (MEC), foi um deles.
Criado em 2013 e sem novas chamadas desde 2018, a política foi extinta em 2022 durante o desmonte da educação comandado pelo líder da extrema direita, mas relançada nesta quinta, 29, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao MEC, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC).
O objetivo é formar e capacitar estudantes pretos, pardos e indígenas, além de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades. Os cursos serão realizados em universidades, instituições de educação profissional e tecnológica, assim como em centros de pesquisa de excelência tanto no Brasil quanto no exterior.
Com o investimento anunciado de R$ 600 milhões, a fundação detalha que o programa atuará em diversas frentes: formação de professores e pesquisadores no país e no exterior, formação de professores da Educação Básica e capacitação para acesso à pós-graduação.
Embora ainda esteja patinando em algumas áreas e sofrendo com articulações políticas, o lançamento dessa ação hoje dá um pouco de alívio e uma esperança de que o país voltará a olhar para suas minorias e estará sempre preocupado em reparar injustiças sociais.