Por Jorge Abreu, G1 AP — Macapá


Obra conta trajetória dos 29 anos das escolas agrícolas do Amapá — Foto: Lucas Filho/Ascom IEB

Os 29 anos de trajetória das Escolas Famílias do Amapá (EFA), responsáveis pela educação no campo, é tema de um livro que será lançando na noite desta quinta-feira (1º), no Museu Sacaca, em Macapá. A obra reúne depoimentos de estudantes e trabalhadores das seis comunidades rurais onde estão presentes as instituições de ensino.

A publicação “Educação do Campo na Amazônia: a experiência histórica das Escolas Famílias do Estado do Amapá” descreve a história dessas instituições a partir da mobilização de trabalhadores rurais, em conjunto com organizações sociais e setores progressistas da igreja católica. O trabalho foi organizado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e pela Rede das Escolas Famílias do Amapá (Raefap).

O conteúdo do livro pode ser baixado gratuitamente na internet. Segundo o IEB, a publicação lança um olhar atual sobre os dilemas vivenciados pelas escolas famílias e faz um resgate histórico da educação do campo no estado, através de depoimentos.

Adenilson Correa, presidente da Rede das Escolas Famílias do Amapá — Foto: Jorge Abreu/G1

De acordo com o presidente da Raefap, Adenilson Vilhena Correa, de 35 anos, a proposta da publicação é mostrar a importância das EFAs na vida da comunidade do campo. Ele acredita que o trabalho pode evitar o êxodo rural com a garantia de educação.

“Esse livro representa a divulgação de um projeto muito importante dentro do estado, na qual retrata da realidade da educação no campo. As Escolas Famílias são esse espelho do ensino. É um projeto construído pela vontade do povo rural e dos movimentos sociais com a sociedade civil organizada. Nosso objetivo é que os jovens se formem e colaborem para o crescimento do campo”, ressaltou.

Em território amapaense, a primeira Escola Família foi lançada na região do Pacuí. Atualmente, existem seis unidades em comunidades. Todas funcionam com base na pedagogia da alternância, uma concepção de educação adaptada a realidade do campo. Nesse modelo, o estudante intercala período de internato com período na comunidade, mantendo o apoio à produção de onde vive.

Objetivo é dimunuir o êxodo rural e garantir os estudos dos jovens — Foto: Lucas Filho/Ascom IEB

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