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Brasil Educação Guia Enem

Lições de quem fez o Enem várias vezes para praticar

Experiência ajuda a descobrir pontos fortes e corrigir deficiências
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A estudante Thais Fonseca, de 18 anos, fez o Enem em todos os anos entre 2014 e 2016. O objetivo ainda não era o Ensino Superior, mas treinar e desenvolver uma estratégia própria para quando fosse, de fato, tentar uma vaga na universidade. O treinamento deu resultado. Em 2017, Thais foi uma entre 53 candidatos a alcançar a nota 1.000 na redação.

Estudante do Colégio Salesiano São Gonçalo, Thais percebeu que o maior desafio no Enem seria manter a calma durante as quase cinco horas de prova. Para isso, ela combinou exercícios de respiração com os simulados, durante os meses anteriores ao exame.

— Pude amadurecer nesse intervalo de tempo. Aprendi que a calma é tão essencial quanto o conhecimento. Minha experiência com o Enem e simulados me conduziu durante a prova. Eu sabia quais áreas tinham maior peso e conseguia identificar o nível de cada questão. Assim, administrei o horário, priorizando as questões fáceis e médias — conta Thais.

Fazer o exame mais de uma vez dá segurança para os candidatos do Enem Foto: Fotolia
Fazer o exame mais de uma vez dá segurança para os candidatos do Enem Foto: Fotolia

Mais do que obter conhecimento ao fazer a prova por vários anos, a estudante ressalta ainda a importância de ter se inscrito, uma primeira vez, sem a pressão da aprovação na faculdade:

— Quando fiz o Enem em 2014, estava no primeiro ano do Ensino Médio. Essa experiência foi de extrema importância para compreender a estrutura do exame, fazer o planejamento do meu tempo, e identificar melhor as disciplinas de maior dificuldade para mim.

Diferentemente de Thais, a estudante Mariana Masello Maia, 24 anos, resolveu praticar com um espaço de tempo maior entre cada edição do Enem. Em 2011, Mariana fez o exame pela primeira vez. Tempos depois, em 2017, ela tentou novamente, percebendo a vantagem de conhecer a prova.

— A segunda tentativa não teve tanto nervosismo. A idade e a experiência com a prova ajudaram muito. O Enem exige muito do candidato no aspecto psicológico. Sem essa pressão, a prova ficou mais fácil de lidar — garante Mariana, que foi aluna do Colégio Qi Metropolitano, no Méier, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro.

Para os candidatos que não alcançaram a nota desejada no ano passado, Mariana assegura que a segunda tentativa pode trazer mais maturidade durante o exame. De acordo com a estudante, a frustração com notas não deve ser vista somente como uma questão pessoal, mas uma forma de compreender como as vagas são altamente concorridas. E, portanto, para alcançá-las pode haver a necessidade de maiores esforços.

— A sensação de incapacidade pode ser grande. Entretanto, o segredo é sentar, estudar e recomeçar, aproveitando toda a experiência da prova anterior. No meio disso, veja se existe algo a ser estudado com mais afinco ou mesmo praticar algumas mudanças de hábito — completa Mariana.

Após conseguir a nota máxima da redação na quarta tentativa, Thais Fonseca também insiste que o foco deve ser em superar dificuldades. Esse processo inclui dar menos atenção para matérias em que os candidatos já têm bom desempenho.

— Esta pode ser vista como uma segunda etapa no caminho até a universidade. Agora, o plano de estudos deve avaliar atitudes que atrapalharam no ano anterior, escolher uma estratégia de prova e praticar atividades extras relaxantes — conclui Thais.

Renato Pellizzari é coordenador de vestibular do Colégio Qi, onde Mariana Masello se preparou para o Enem. Para o educador, um ano a mais de preparação dá às pessoas a chance de encontrar estratégias mais alinhadas com os próprios objetivos.

— As chances de melhorar a nota são muito grandes. Ao fazer a prova novamente, os alunos têm em mãos uma ótima avaliação de desempenho. O segundo ano de estudos não precisa ser exatamente como o outro, afinal, as partes com maior dificuldade de aprendizagem vão receber com certeza uma atenção especial— argumenta Renato.