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Leia análises sobre a saída de Weintraub do MEC

Colunistas do 'Estadão' e especialista escrevem sobre as mudanças no Ministério da Educação

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Por Redação
Atualização:

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou, nesta quinta-feira, 18, sua saída do governo. Em vídeo publicado nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Weintraub não revelou o motivo de estar deixando o MEC, mas disse que irá assumir uma representação brasileira na diretoria do Banco Mundial.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: Dida Sampaio/Estadão (19/11/2019)

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Bolsonaro vinha sendo pressionado a fazer um gesto de trégua a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem Weintraub chamou de “vagabundos” em reunião ministerial. A permanência no posto se tornou insustentável após o ministro se reunir, no domingo, 14, com manifestantes bolsonaristas e voltar a atacar ministros da CORTE. O grupo desrespeitou uma ordem do governo do Distrito Federal, que proibiu protestos na Esplanada dos Ministérios. Abaixo, confira análises de colunistas do Estadão sobre a saída de Weintraub do MEC.

O alívio dos educadores com a saída de Weintraub do MEC (Renata Cafardo) 

"Weintraub ignorou secretários de educação pelo País e fez com que trabalhassem sozinhos para tentar melhorar o ensino na escola pública. Deixou até de repassar recursos para programas que já existiam e só precisavam não ser atrapalhados, como os de ensino integral, construção de creches e alfabetização. O ex-ministro nunca sequer mencionou a Base Nacional Comum Curricular, documento inédito aprovado em 2017, que finalmente ajuda as escolas a entender o que elas tem que ensinar."

Weintraub se tornou integrante do grupo ‘biológico’, o dos filhos de Bolsonaro (Rosângela Bittar)

"Pode-se dizer que o ministro caiu de sua própria estatura. Não se elevou à grandeza dos desafios da Educação. A reforma do ensino médio, aguardada por vinte anos e aprovada no governo Temer, ficou no papel. Os gargalos do Enem não foram rompidos. A qualidade do ensino básico deu marcha à ré. O processo de valorização do magistério fez uma curva de 360 graus. A universidade foi oprimida, criticada e financeiramente asfixiada. A autonomia, ameaçada."

Ideologia da destruição (João Marcelo Borges)

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"Weintraub também tentou destruir muito: as universidades, a independência dos entes federativos, a confiança na relevância e no poder transformador da educação. Conseguiu menos do que queria, pois encontrou educadores, instituições e a própria lei a limitar suas diatribes. Foi incompetente para criar e para destruir. A destruição é sua ideologia, mas a incompetência é sua maior marca."

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