Jovens da aldeia indígena Lago da Praia participaram de oficina sobre democracia na escola e protagonismo juvenil — Foto: Divulgação / IMEA
Jovens indígenas da aldeia Lago da Prainha, localizada às margens do Rio Arapiuns, em Santarém, oeste do Pará, participam no último fim de semana, da oficina de sensibilização “Democracia na Escola e Protagonismo Juvenil”, promovida pelo Instituto Mureru Eco Amazônia (Imea).
A atividade reuniu 12 jovens e buscou incentivá-los na promoção de uma cultura democrática e espírito de liderança em sua comunidade. “Esse tipo de oficina é muito importante para nós, jovens, porque assim ficamos sabendo das nossas responsabilidades e dos nossos direitos. Esses momentos também estimulam debates entre as gerações, integrando a juventude com os mais velhos”, comentou Rainner Castro, participante da oficina e liderança jovem da comunidade.
A oficina faz parte do programa “Percursos de Debates Públicos na Escola” lançado pela organização não-governamental Ashoka Brasil, em parceria com o coletivo jovem Encrespad@. Em Santarém, as oficinas estão sendo mediadas pelo Imea, como parte da programação do Projeto Território Transformador do Tapajós.
“Queremos estimular os jovens a se perceberem como agentes de mudança. Nessa primeira oficina de sensibilização buscamos identificar os temas mais relevantes para a comunidade, aqueles que animam o debate”, destacou a coordenadora do Projeto Território Transformador do Tapajós, Lucineide Pinheiro.
Para a cacique da aldeia, Ligiane Tapajós, a juventude é fundamental para a defesa da Amazônia. “Eu acredito que a luta em defesa da Amazônia ainda está longe de terminar, então, nós como povos originários temos a responsabilidade de passar o conhecimento para essas novas gerações para que eles possam também lutar em defesa dos rios e da mata”, disse.
Jovens indígenas na oficina sobre democracia na escola e protagonismo juvenil, na aldeia Lago da Praia — Foto: Divulgação / IMEA
Continuidade
No mês de setembro, oficinas sobre Democracia na Escola e Protagonismo Juvenil serão realizadas na Escola Estadual Maria Uchôa, Escola Diocesana São Francisco e na Escola Estadual Madre Imaculada. As comunidades quilombolas de Saracura e Arapemã, na várzea santarena, também irão receber a oficina.
O Instituto Mureru Eco Amazônia é uma associação civil, de caráter socioambiental, que desenvolve localmente o Projeto Escola D’água e o Projeto Território Transformador do Tapajós.
As ações têm as escolas e as comunidades como pontos de referência, os professores e os jovens são vistas como agentes chaves da mudança.