Por Fabiana Figueiredo, G1 AP — Macapá


Jovens aprenderam a cultivar plantas medicinais na escola Jacinta Carvalho, na Fazendinha, distrito de Macapá — Foto: Adriana Pimentel/Arquivo Pessoal

Cerca de 30 estudantes do ensino médio, com idades entre 15 e 17 anos aprenderam este ano sobre sustentabilidade e também sobre cuidar melhor dos espaços da escola onde estudam em Macapá, a partir do cultivo de plantas medicinais, como capim-marinho, erva-cidreira, arruda e hortelãs, na área externa da instituição.

Trabalhando há 5 anos na Escola Estadual Profª Jacinta Maria Rodrigues de Carvalho Gonçalves, no distrito da Fazendinha, a 9 quilômetros da sede da capital, a professora de história Adriana Pimentel descreve que quis despertar nos alunos o cuidado com o ambiente escolar e, por isso, criou o projeto Farmácia Viva.

“Estimulamos a educação patrimonial, sobre o aluno preservar o patrimônio da escola e então pensamos que os alunos formandos do 3º ano do ensino médio pudessem deixar uma herança para a escola, que outros alunos pudessem cuidar. Pensamos em construir essa farmácia, e assim valorizar o conhecimento das populações tradicionais da Amazônia através das plantas medicinais”, explicou a professora.

Projeto Farmácia Viva propõe o respeito à educação patrimonial — Foto: Adriana Pimentel/Arquivo Pessoal

Em 2018 o projeto foi implantado com alunos do 3º ano do ensino médio. Foram eles que juntaram pneus e outros materiais recicláveis e transformaram no jardim que hoje recebe as plantas medicinais.

Este ano foram os alunos do 2º ano do ensino médio que receberam a missão de cuidar e aprender mais sobre as espécies da flora. De acordo com a professora Adriana, a mudança foi perceptível nos estudantes.

“Eles conseguiram entender a importância de preservar a escola. Os alunos que saíram ano passado voltaram e se sentiram orgulhosos do que viram. Nós conseguimos manter o espaço organizado, limpo. Foi uma mudança grande no comportamento dos alunos”, detalhou.

Na escola são cultivadas espécies como capim-marinho, erva-cidreira, arruda e hortelãs — Foto: Adriana Pimentel/Arquivo Pessoal

Na terça-feira (29), a 1ª Oficina de Chás de Plantas Medicinais reuniu familiares, amigos e até vizinhos dos alunos, para aprenderem as diferentes técnicas sobre como explorar o que as plantas cultivadas na escola têm de melhor.

Ministrada pelo técnico Maurício Souza, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), a oficina encerrou com doação de mudas de plantas cuidadas pelos estudantes que participam do projeto.

Oficina ensinou a fazer chás com as plantas medicinais cultivadas na escola — Foto: Adriana Pimentel/Arquivo Pessoal

A professora destaca que há intenção de realizar uma segunda oficina até janeiro de 2020, para ensinar como usar os chás produzidos. É necessário responsabilidade para utilizar os chás produzidos com plantas para fins medicamentosos, ressaltou Adriane.

Ela reforçou que, para ajudar o projeto, voluntários podem fazer doações de materiais para manutenção do jardim, como tinta, e ainda doação de mudas de outras espécies de plantas.

Projeto Farmácia Viva acontece desde 2018 — Foto: Adriana Pimentel/Arquivo Pessoal

Para ler mais notícias do estado, acesse o G1 Amapá.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!