Por Fantástico


Debate sobre os riscos encontrados nas redes sociais chega às salas de aula

Debate sobre os riscos encontrados nas redes sociais chega às salas de aula

A exposição de crianças e adolescentes a um tipo de conteúdo extremamente violento nas redes sociais é algo que vem tirando o sono de muitos pais. É por isso que a discussão sobre os riscos presentes na internet ganha cada vez mais espaço no nosso dia a dia e, agora, está sendo levada para dentro das salas de aula - e até para os tribunais.

O tema internet também vem ganhando espaço nas salas de aula. A ideia é debater com os estudantes formas de se navegar o emaranhado da rede de uma maneira segura. A disciplina chamada Cidadania Digital foi criada pela ONG Safernet em parceria com a embaixada do Reino Unido no Brasil. O diretor da ONG espera que as aulas ajudem a diminuir a violência.

“A gente está falando de desenvolver habilidades práticas, saber onde denunciar uma primeira ameaça velada. Às vezes é uma situação que em códigos que só o adolescente que está ali naquele grupinho, ele reconhece que aquilo pode ser um sinal de ameaça. É urgente a gente entender que essa educação para cidadania digital não é mais um extra, né? Não é um complemento. A escola é o contato com a sociedade que a criança tem desde cedo. E a nossa sociedade é digital”, diz Rodrigo Nejm, psicólogo e diretor de Educação Safernet Brasil.

O digital está em todas as aulas de uma rede de escolas com sede em Nova York, nos Estados Unidos. Lá, a cidadania digital não é uma disciplina isolada. Há três anos, a brasileira Lia Muschellack cuida desse conteúdo integrado.

“Ele é todo desenvolvido em parceria com as outras disciplinas, que são as disciplinas essenciais do currículo. Para os alunos aprenderem dentro de um contexto e não como se fosse uma ferramenta isolada da realidade”, explica Lia Muschellack, diretora de tecnologia da escola.

As famílias também participam do debate.

“É muito importante educar também as famílias sobre o que a gente faz aqui dentro para garantir que os alunos desenvolvam essas habilidades”, afirma Alia Methven, diretora de mídia da escola.

A pergunta que fica no ar é até onde vai a capacidade dos pais e das escolas de monitorar tudo que crianças e adolescentes veem e postam nas redes sociais? Um conteúdo que se multiplica numa velocidade e num volume difíceis de acompanhar. Por isso as próprias empresas de mídias sociais estão sendo convocadas e participar deste esforço.

Debate nos EUA

Um debate que já chegou à Suprema Corte americana. É que uma lei criada em 1996 diz que empresas de mídia social não podem ser processadas pelo conteúdo que disponibilizam pois não são autoras do que é publicado. A responsabilidade é única e exclusivamente do usuário que postou a mensagem. Mas se a Suprema Corte considerar esta lei inconstitucional, o jogo muda. As empresas passam a ser também responsáveis, e caberá a elas moderar conteúdos que incitem a violência.

Os nove juízes da Suprema Corte têm até junho para chegar a um veredito. Enquanto isso, em pelo menos seis estados americanos, outras ações judiciais têm como alvo plataformas de mídia social por alegações de vício e prejuízos à saúde mental dos usuários.

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