Transformar os processos de produção que operam em uma lógica de economia linear para a da economia circular não é uma tarefa trivial, e demanda o envolvimento de toda a sociedade. No entanto, para que essa mobilização ocorra, é preciso ampliar o conhecimento em torno do que é a economia circular e como ela contribui para as soluções de muitos dos desafios ambientais, econômicos e sociais atuais. Por isso, a Dow elaborou duas iniciativas na área de educação: as plataformas “Futuro do Plástico” e “Movimento Circular”. Cada uma é voltada para um público distinto, mas têm o mesmo objetivo: levar informações baseadas em ciência e de forma didática sobre a economia circular, incentivando o debate e a busca conjunta por soluções.
A plataforma “Futuro do Plástico”, lançada nesta semana, é voltada especialmente para convertedores e transformadores da cadeia do plástico. Nesta iniciativa, a Dow propõe-se a conduzir essas organizações em uma jornada para conhecer, visualizar e chegar a um futuro baseado na circularidade do plástico. A plataforma traz informações sobre economia circular e desafios do plástico, apresenta iniciativas e pessoas que atuam nesse tema e um quiz para o visitante descobrir em que nível sua organização se encontra na jornada da sustentabilidade.
Já a plataforma “Movimento Circular”, que teve início em 2020, tem como público-alvo principal professores e estudantes e propõe a construção de um “mundo sem lixo”, ou seja, um planeta em que o resíduo seja eliminado porque os recursos que já foram tirados da natureza são continuamente reaproveitados, reciclados ou reutilizados. Elaborado em parceria com a Atina Educação, a plataforma on-line traz materiais didáticos alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com foco em temas como cidades, alimentação e indústria, e um mapa de iniciativas pelo mundo que pretendem eliminar resíduos. O conteúdo também pode ser aproveitado por empresas que queiram explicar a economia circular a seus colaboradores e para o público em geral.
Segundo Mariana Orsini, diretora de Relações Governamentais da Dow, a sociedade demanda ações das indústrias em termos de sustentabilidade, incluindo o tema do plástico e, para participar desse debate, a empresa foca em duas estratégias. “A primeira é nos conectarmos com o consumidor final, ou seja, com o cidadão que tem uma visão mais crítica sobre o plástico e a embalagem no dia a dia e, por isso, espera que empresas se mobilizem. E a outra é incentivar a nossa cadeia a trazer respostas a esses desafios”, diz. Assim, as duas iniciativas fazem parte dessa contribuição da companhia, por meio da promoção da educação para a economia circular. “Na nossa visão, educação, clareza e ciência é o que fazem com que a Dow seja uma empresa de ciência de materiais reconhecida por seu compromisso com a sustentabilidade”, afirma ela.
A educação como caminho para a mudança
O investimento de esforços e recursos da Dow em educação tem como base a convicção de que esta é um agente transformador da sociedade. Em sua tese de doutoramento, Edson Grandisoli, coordenador educacional do Movimento Circular, mostrou que um trabalho educacional focado em projetos que tratam da busca por soluções relacionadas à problemática dos resíduos sólidos, foi efetivo na ampliação dos conhecimentos dos participantes e na mudança de comportamentos a longo prazo, contribuindo na formação de cidadãos mais ativos e conscientes de seu papel como agentes de transformação socioambiental.
Em maio de 2020, um artigo publicado pelo Fórum Econômico Mundial abordou como a pandemia da Covid-19 fez a sociedade repensar a questão dos plásticos e que “corporações e governos ao redor do mundo deveriam alocar mais recursos para educar as pessoas sobre como a economia circular funciona e por que elas devem reutilizar e reciclar”. Os consumidores precisam, diz o artigo, ser encorajados a se verem como responsáveis pelo descarte adequado de qualquer produto e por reintroduzi-lo no ciclo econômico. Em paralelo, o texto também encoraja a produção de plástico com melhor reciclabilidade, para que possa ser usado novamente com mais facilidade.