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Por Jornal Nacional


Iniciativas ajudam alunos a driblar a dificuldade de acesso à internet para estudar

Iniciativas ajudam alunos a driblar a dificuldade de acesso à internet para estudar

A pandemia afastou muitos alunos das salas de aula e também dos estudos, por causa da dificuldade de acesso à internet, mas algumas iniciativas têm ajudado a contornar este problema.

O assunto de maior interesse hoje no mundo não poderia ficar de fora das aulas de ciências do Eric. A diferença é que, agora, ele fala para uma câmera. "A gente precisa se adaptar a esse novo tempo. Espero que seja por um curto tempo", disse o professor de ciências, Eric Machado.

Enquanto as aulas presenciais não voltam, 50 professores da rede municipal de Salvador estão gravando o conteúdo das disciplinas. Duas salas de uma escola viraram estúdios.

As aulas gravadas são direcionadas a 33 mil crianças e adolescentes, que são os alunos matriculados no ensino fundamental, do 6º ao 9º ano. Esse número também inclui uma turma mais velha, os estudantes da EJA, Educação de Jovens e Adultos.

Os alunos têm acesso ao conteúdo pela internet e por dois canais na TV aberta. Anna Clara usa as duas formas. "Seria bem melhor se a gente estivesse em uma escola, o professor junto com a gente. Mas, já que a gente está no tempo dessa quarentena, tem que ficar em casa, então eu estou achando uma maravilha tendo aula pela TV", contou Anna Clara Sales, estudante.

A pandemia também suspendeu as aulas em um casarão do Centro Histórico, onde funciona uma ONG que oferece cursinho para estudantes negros vindos da escola pública. Os professores agora fazem lives nas redes sociais e gravam as aulas em casa. O conteúdo fica disponível no blog da instituição, mas nem todos têm condição de acessar à internet diariamente. Por isso, a ONG lançou uma campanha.

A cada R$ 25, você ajuda um estudante negro ou negra a ter acesso à internet e a ter crédito no seu celular para poder estudar até, pelo menos, perto do Enem", disse a diretora pedagógica do Instituto Steve Biko, Tarry Pereira.

A maioria tem o perfil de Raquel. São moradores da periferia que sonham com a universidade pública. Ela estuda seis horas por dia pra não perder o foco. "Não sabemos se as aulas vão voltar, mas se a gente está tendo essa ferramenta, por que não usufruir ao máximo? A gente não pode perder o foco nos estudos", conta a estudante.

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