Muitos estudantes ingressam no ensino superior com o prejulgamento de que pesquisa científica só agrega valor ao currículo de quem almeja fazer mestrado e doutorado para seguir carreira como professor. É claro que as principais conquistas e evoluções da História da humanidade nasceram de pesquisas universitárias, e isso não podemos negar. Mas a Ciência também pode ajudar o graduando a desenvolver habilidades bem vistas e requisitadas no mercado de trabalho, independente da área de atuação.
É por isso que a Iniciação Científica deve ser prioridade durante a graduação, e vale a pena entender como ela funciona e a sua importância tanto para a formação superior como para a carreira profissional.
O que é Iniciação Científica?
Trata-se de um programa oferecido durante a graduação para introduzir os alunos à pesquisa científica. Durante a pesquisa, os graduandos são orientados por professores do curso, aprimorando o conhecimento técnico sobre o assunto estudado e de metodologias científicas.
No entanto, nem toda instituição de ensino superior tem condições favoráveis para oferecer Iniciação Científica. Além de uma boa estrutura física, é preciso ter um quadro de professores experientes em pesquisa acadêmica, para que sejam bons orientadores na prática e ajudem o aluno a chegar a um resultado final satisfatório tanto na pesquisa realizada como no desenvolvimento de habilidades ao longo do processo.
“É um assunto muito importante para a formação acadêmica, nos diferentes cursos e áreas do conhecimento. O Programa de Iniciação Científica prepara os estudantes para a investigação, para a descoberta e agrega novos conhecimentos à sua formação. Todos os estudantes que têm a oportunidade de participar desse programa saem da universidade com um currículo diferenciado”, avalia a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Goiás, Milca Severino.
Milca Severino pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC Goiás — Foto: Acervo
Na PUC Goiás, que tem a Ciência como base de ensino para todos os 44 cursos de graduação oferecidos, o estudante pode ingressar na Iniciação Científica já no 1º período e contar com o suporte de professores mestres e doutores. A cada semestre são selecionados alunos para desenvolvimento de trabalhos vinculados aos projetos de pesquisas dos professores pesquisadores da universidade e podem ganhar uma bolsa de incentivo.
“Fazer Ciência e formar pesquisadores é uma das principais missões da PUC Goiás, e a Iniciação Científica permite a aproximação com ferramentas que facilitam a vida acadêmica e permitem ao futuro profissional a possibilidade de obter os mais recentes conhecimentos na área, o que é visto com bons olhos no mercado de qualquer profissão”, ressalta a professora Priscila Valverde, coordenadora de pesquisa da universidade.
E quais as vantagens da Iniciação Científica?
Além de ser uma ponte mais fácil para quem deseja seguir carreira como professor ou pesquisador, a Iniciação Científica pode ser muito proveitosa para outras áreas de atuação também. A principal delas é sentida já durante a graduação, que é o melhor rendimento acadêmico.
Durante o programa, o estudante é preparado pelo professor orientador a buscar soluções para o problema determinado para pesquisa. Assim, ele aprende a formular hipóteses, estabelecer estratégias e se apoiar em metodologias para comprovar ou não as hipóteses formuladas. Esse processo exige do aluno capacidade analítica e argumentativa sobre os resultados obtidos. Desenvolve também habilidades como criatividade, autonomia, inovação, maturidade intelectual e proatividade.
PUC Goiás oferece oportunidades para que o aluno faça Iniciação Científica desde o 1º período — Foto: Laboratório de Zootecnia e Ciências Agrárias (arquivo)
Vale ressaltar que essa capacidade de buscar soluções é um pré-requisito para a maioria das vagas de emprego, independente do segmento de atuação. “A Iniciação Científica desafia o aluno a ter um olhar mais apurado para os problemas da rotina de trabalho e a encontrar soluções eficientes em menos tempo. Ou seja, é uma pequena amostra do que o aluno deve enfrentar na sua vida profissional”, completa Priscila Valverde.
Soma-se a isso um hábito que muitos profissionais costumam abandonar após o término do curso superior, que é o de estudar. Mas estar bem informado sobre as constantes evoluções da tecnologia e inovação é crucial para que profissionais de todas as áreas continuem sendo requisitados ao longo da carreira e mantenham o prestígio dentro da profissão.
A Iniciação Científica trabalha bastante nisso, preparando o aluno para saber buscar os conhecimentos e utilizá-los, além de ajudar o futuro profissional a aprender a pesquisar. É o que reforça a engenheira civil Marta Pereira da Luz, egressa da PUC Goiás e atual coordenadora do Laboratório de Mecânica dos Materiais da Eletrobras Furnas. “A iniciação científica me abriu o olhar para a necessidade de sempre estudar. Ela faz a diferença tanto no currículo quanto na capacitação para tratar de desafios de inovação e tecnologia”, diz.
Para saber sobre a Iniciação Científica, acesse o site da PUC Goiás. Ficou interessado(a) em estudar na universidade? Basta se inscrever no vestibular, escolhendo entre utilizar a nota do Enem ou fazer prova (presencial ou on-line).
Estudantes com renda de até um salário e meio por membro da família estão aptos para se inscrever no Vestibular Social, que oferece bolsas de estudo de 50% em 25 cursos de graduação, com a possibilidade de buscar outras bolsas e financiamentos para completar o valor da mensalidade.