Por g1 PB


Diretora estimula agressão entre alunos na Paraíba

Diretora estimula agressão entre alunos na Paraíba

Imagens mostram o momento em que a diretora de uma escola, em São Bento, no Sertão da Paraíba, segura um aluno e estimula que outro o agrida. O caso aconteceu na manhã desta terça-feira (16). Na ocasião, o aluno que estava sendo segurado pela diretora teria agredido o colega, e a educadora incentiva que o outro revide.

As imagens foram gravadas por colegas de classe dos alunos envolvidos. Após o ocorrido, os vídeos foram compartilhados nas redes sociais. A diretora Adriana Alexandre afirma: “ele vai dar [bater] nele, vai sim”.

Momento em que a diretora segura o aluno — Foto: Reprodução/TV Paraíba

A prefeitura de São Bento informou à produção da TV Paraíba, que a diretora é concursada há mais de 20 anos, e que após a repercussão dos vídeos ela foi exonerada do cargo comissionado que ocupava. Ela também foi afastada preventivamente da função de professora e vai responder a um procedimento administrativo disciplinar. O caso segue sendo investigado.

A gestora da escola chegou a divulgar um áudio explicando a situação e dando a justificativa, após perceber repercussão negativa da ação dela.. Disse que a intenção era assustar o aluno.

“Venho me justificar sobre o vídeo de mau gosto que saiu. Primeiro, profissionalismo eu tenho, eu fui fazer um susto a um menino, ele já bateu nessa criança duas vezes, mandei chamar os responsáveis, mas os familiares não vieram, então eu fiz um susto com ele na sala. (...) Quem bate um dia apanha”. disse

"A escola é aberta, a direção é aberta, tudo no dialogo lá. Eu garanto que se eu fosse uma pessoa má, todos falavam. (...) Esse ponto chegou, porque eu precisava fazer esse susto, eu precisava fazer esse susto com ele. Ninguém iria agredir ele", completou Adriana.

Segundo a psicopedagoga Janaína Rodrigues, o ideal seria promover o diálogo entre os alunos, para que pudesse ser entendido o motivo da desavença entre os dois. Ela ainda reforçou que, por se tratar de crianças, seria necessário entrar em contato com os pais ou responsáveis.

"Os familiares precisavam ser comunicados da situação, até porque, pelo o que entendi, não foi a primeira vez que aconteceu", afirmou.

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