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Igualdade de gênero: mulheres e meninas ainda ficam para trás

Por: Julia Santiago, Embarque no Direito . 13/09/2021

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Igualdade de gênero: mulheres e meninas ainda ficam para trás

Na falta de políticas públicas, a violência, a evasão escolar e as múltiplas jornadas de trabalho só aumentam

2 minutos, 35 segundos de leitura

13/09/2021

Por: Julia Santiago, Embarque no Direito

Mesmo que antigas demandas por equidade, saúde preventiva e integral, justiça reprodutiva e eliminação da violência estejam se fortalecendo, mulheres e meninas continuam ficando para trás. Foto: Eric Audras/Getty Images

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de Igualdade de Gênero determina que, para ser saudável, a sociedade tem de eliminar todas as formas de discriminação e violência contra mulheres e meninas e garantir sua participação na política e na economia

O Relatório Luz da Sociedade Civil Agenda 2030 lembra que, no último ano, o Brasil testemunhou a tentativa assombrosa de obstruir o direito assegurado em lei à interrupção da gravidez de uma menina de 10 anos vítima de estupro e o governo não aderiu à declaração conjunta de mais de sessenta países em prol dos direitos de meninas e mulheres. Dificultada a implementação de políticas públicas, a violência, a evasão escolar e as múltiplas jornadas de trabalho só aumentam.

Demandas (antigas) por equidade, saúde preventiva e integral, justiça reprodutiva e eliminação da violência se fortalecem. Ao mesmo tempo, mulheres e meninas continuam ficando para trás

A luta vai além da dimensão da cidadania e do direito à vida. “As desigualdades de gênero e raça agravam as condições de precariedade e exclusão vividas por uma grande parcela da população e exigem que o Estado e a sociedade brasileira se unam no desafio de combatê-las”, diz Juliana Rocha, mestra em Administração Pública e Governo e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) da FGV. Um exemplo são, segundo Juliana, as Unidades Básicas de Saúde (UBS). “A questão de saúde reprodutiva é implementada num contexto de escassez de recursos, com quebra de equipamento, falta de medicação e de profissionais”, relata. Moradora do Capão Redondo, periferia da zona sul de São Paulo, a pesquisadora diz que não é novidade que as desigualdades se expressam nos territórios e posicionam as pessoas em matrizes de opressão específicas. “Para que as desigualdades de gênero sejam combatidas no conjunto das desigualdades sociais, pressupõem-se práticas de cidadania ativa para a concretização da justiça de gênero.”

Todos os dias, 13 mulheres são assassinadas no Brasil e, a cada 11 minutos, uma é estuprada. Quando morrem três, duas são negras
Mulheres trabalham 3 horas por semana a mais que os homens, têm mais anos de estudo e ganham um quarto a menos
Fonte: Mapa da Desigualdade (Ipea)

Em busca de mudanças

Em Diadema, região metropolitana de São Paulo, a prefeitura já atendeu 24 mil mulheres na Casa Beth Lobo – Centro de Referência à Mulher em Situação de Violência Doméstica. Quem procura o espaço recebe atendimento social, jurídico e psicológico. Há cursos de capacitação para geração de renda e atividades socioeducativas de caráter preventivo. No Distrito Federal, a ONG Instituto Promundo defende pautas de equidade de gênero e fim da violência contra a mulher. Mais de 725 mil homens e mulheres já participaram dos programas do instituto.

Violência doméstica: em caso de denúncia e pedidos de ajuda, ligue 180

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