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IA vai cair no Enem? Estude com Leia, chatbot inteligente do ‘Estadão’

Chatbot inteligente do Estadão dá dicas e ajuda a entender temas complexos para preparar para o exame

Foto do author Alice Labate
Por Alice Labate

Na quarta-feira, 25, o Estadão lançou a Leia, seu próprio chatbot de inteligência artificial (IA) que atua como uma assistente virtual de leitura. A Leia formula suas respostas usando como base de informações o arquivo de conteúdos publicados no jornal, o que permite que ela ofereça respostas precisas e atualizadas. Para acessar a Leia, basta ir a leia.estadao.com.br.

Nesta primeira fase experimental, a Leia responde apenas sobre os publicados no Link, a editoria de tecnologia do Estadão - a ideia é ampliar a cobertura para todas as editorias do jornal. Assim, todos os fatos relevantes do mundo tecnológico estão no “cérebro” do chatbot. Além disso, a Leia é capaz de explicar conceitos, como, por exemplo, “o que é computação quântica?”.

Leia é a nova IA do Estadão que atua como guia do jornal Foto: Estadão

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A primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece no sábado, 4, e o tema de inteligência artificial (IA) surge como uma forte possibilidade para aparecer na prova. Pensando nisso, eu decidi testar a Leia e perguntar mais sobre o assunto, voltado para os exames de vestibular.

Na barra de bate-papo, comecei a conversa com a pergunta “O que é inteligência artificial?” e a resposta foi:

Inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se dedica a criar sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Esses sistemas são desenvolvidos para aprender, raciocinar, tomar decisões e resolver problemas de forma autônoma, com base em algoritmos e modelos matemáticos.

A IA pode ser dividida em dois tipos principais: IA fraca e IA forte. A IA fraca, também conhecida como IA estreita, é projetada para realizar tarefas específicas de forma limitada, como reconhecimento de voz, análise de dados ou jogar xadrez. Já a IA forte é um sistema que possui a capacidade de entender, aprender e raciocinar como um ser humano, sendo capaz de realizar qualquer tarefa intelectual.

A inteligência artificial tem sido aplicada em diversas áreas, como medicina, finanças, transporte, segurança, entretenimento e muito mais. Ela pode ser encontrada em assistentes virtuais, chatbots, sistemas de recomendação, carros autônomos, reconhecimento facial, tradução automática, entre outras aplicações.

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A resposta veio em texto corrido e explica bem o conceito. Além disso, a IA sugeriu mais perguntas que eu poderia fazer sobre o tema e indicou os links que usou para basear sua resposta.

Leia responde perguntas variadas relacionadas a tecnologia Foto: Estadão

Resolvi continuar a conversa escolhendo enviar uma das perguntas sugeridas: “Quais são os desafios éticos da inteligência artificial?”. Leia respondeu:

Os desafios éticos da inteligência artificial são diversos e complexos. O avanço rápido e o uso cada vez mais amplo da IA levantam questões importantes sobre privacidade, segurança, viés algorítmico, responsabilidade e transparência. Alguns dos principais desafios éticos da IA incluem:

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  • O uso indevido de dados pessoais: A coleta e o uso de dados pessoais para treinar sistemas de IA podem representar uma violação da privacidade e dos direitos individuais.
  • Viés algorítmico: Os algoritmos de IA são treinados com dados históricos, que podem refletir preconceitos e discriminações existentes na sociedade. Isso pode levar a decisões injustas ou discriminatórias tomadas por sistemas de IA.
  • Responsabilidade e tomada de decisão: À medida que a IA é cada vez mais utilizada em áreas críticas, como saúde e justiça, surge a questão da responsabilidade pelas decisões tomadas pelos sistemas de IA. Quem é responsável por erros ou consequências negativas?
  • Transparência e explicabilidade: Muitos sistemas de IA são caixas-pretas, ou seja, não é possível entender como eles chegam a determinadas decisões. Isso dificulta a explicação de como a IA funciona e pode gerar desconfiança e falta de transparência.
  • Impacto no mercado de trabalho: A automação impulsionada pela IA pode levar à substituição de empregos humanos, o que pode ter consequências sociais e econômicas significativas.

Mais uma vez a IA indicou outras perguntas que eu poderia fazer para ela e forneceu as fontes da sua resposta: Organizações globais de jornalismo lançam documento com princípios para desenvolvimento da IA e Fim da Wikipédia? Enciclopédia digital tenta sobreviver à era da inteligência artificial.

A IA é capaz de fornecer as fontes das suas respostas Foto: Estadão

Decidi fazer uma pergunta, continuando o raciocínio da conversa: “Quais são os limites éticos da inteligência artificial?”. A resposta foi a seguinte:

Os limites éticos da inteligência artificial são uma questão complexa e em constante evolução. Alguns dos principais limites éticos da IA incluem:

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  • A privacidade e o uso indevido de dados pessoais: A coleta e o uso de dados pessoais para treinar sistemas de IA podem representar uma violação da privacidade e dos direitos individuais.
  • Viés algorítmico: Os algoritmos de IA podem refletir preconceitos e discriminações existentes na sociedade, levando a decisões injustas ou discriminatórias tomadas por sistemas de IA.
  • Responsabilidade e tomada de decisão: À medida que a IA é cada vez mais utilizada em áreas críticas, como saúde e justiça, surge a questão da responsabilidade pelas decisões tomadas pelos sistemas de IA. Quem é responsável por erros ou consequências negativas?
  • Transparência e explicabilidade: Muitos sistemas de IA são caixas-pretas, o que dificulta a explicação de como a IA funciona e pode gerar desconfiança e falta de transparência.
  • Impacto no mercado de trabalho: A automação impulsionada pela IA pode levar à substituição de empregos humanos, o que pode ter consequências sociais e econômicas significativas.
Até o momento, a IA responde apenas perguntas relacionadas à tecnologia, mas futuramente será capaz de responder sobre qualquer assunto Foto: Estadão

Para essa próxima pergunta quis pensar em algo que tivesse relação com os acontecimentos mais recentes na sociedade, então enviei “Como a inteligência artificial pode afetar empregos?”. A resposta da Leia foi:

A inteligência artificial (IA) tem sido uma das tecnologias mais discutidas e estudadas nos últimos anos, e seu impacto no mercado de trabalho tem sido alvo de muita discussão. O medo da substituição dos nossos trabalhos pela IA e pelos modelos de linguagem ampla (LLMs, na sigla em inglês) ganharam espaços nos jornais e nas nossas conversas diárias. Será que o ChatGPT, da OpenAI, o Bard, do Google, ou qualquer outra ferramenta do tipo que está em processo de criação e teste, têm o potencial de substituir o ser humano em seu trabalho?

Apesar de todo o alarde é importante lembrar que nem todos os trabalhos podem ser automatizados. Segundo o McKinsey Global Institute, apenas cerca de 5% dos empregos em escala global podem ser completamente automatizados. A maioria dos trabalhos requer habilidades e conhecimentos que as máquinas ainda não possuem.

Além disso, a IA também pode trazer benefícios para o mercado de trabalho. Ela pode ajudar a automatizar tarefas repetitivas e burocráticas, liberando os profissionais para se concentrarem em atividades mais estratégicas e criativas. A IA também pode auxiliar na tomada de decisões, fornecendo insights e análises de dados em tempo real.

Portanto, embora a IA possa causar mudanças na forma como trabalhamos, é importante lembrar que ela não é necessariamente uma ameaça aos empregos, mas sim uma ferramenta que pode potencializar e complementar o trabalho humano.

Como consulta as notícias e conteúdos do jornal, a Leia é capaz de fornecer respostas atualizadas Foto: Estadão

Prosseguindo com o bate-papo, escolhi uma das perguntas sugeridas e quis saber “Como a inteligência artificial está sendo utilizada atualmente?”. A IA respondeu:

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A inteligência artificial (IA) está sendo utilizada atualmente em diversas áreas, trazendo benefícios e transformando a forma como vivemos e trabalhamos. Veja alguns exemplos:

  • Na área da saúde, a IA é utilizada para auxiliar no diagnóstico de doenças, analisando imagens médicas e identificando padrões que podem passar despercebidos pelos médicos.
  • No setor financeiro, a IA é utilizada para análise de dados e tomada de decisões, ajudando a identificar fraudes, prever riscos e personalizar ofertas e serviços para os clientes.
  • No campo da educação, a IA é utilizada para desenvolver sistemas de aprendizado adaptativo, que se ajustam às necessidades individuais dos estudantes, oferecendo um ensino mais personalizado.
  • No setor de transporte, a IA é utilizada em veículos autônomos, permitindo que eles sejam capazes de tomar decisões e se locomover sem a intervenção humana.
  • No campo da segurança, a IA é utilizada para identificar comportamentos suspeitos, analisar grandes volumes de dados em tempo real e prever possíveis ameaças.

Esses são apenas alguns exemplos de como a inteligência artificial está sendo utilizada atualmente. Com o avanço da tecnologia, novas aplicações estão surgindo a todo momento, trazendo ainda mais benefícios e possibilidades.

Leia é capaz de dar respostas atualizadas porque tem como base de dados as notícias do jornal Foto: Estadão

Continuei e dessa vez querendo saber sobre a questão dos direitos autorais e IA, então, para isso, perguntei “Qual a relação entre direitos autorais e inteligência artificial?” e a resposta foi:

A relação entre direitos autorais e inteligência artificial é um tema em constante debate. Recentemente, uma decisão judicial nos Estados Unidos levantou questões sobre a proteção dos direitos autorais de obras criadas por IA. Em um processo contra o Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos, a juíza Beryl Howell decidiu que a arte gerada por IA não possui autoria humana e, portanto, não é protegida por direitos autorais.

No caso em questão, o cientista da computação Stephen Thaler buscava obter os direitos autorais de uma imagem gerada por seu sistema de computador chamado “Creativity Machine” (Máquina da Criatividade). No entanto, o Escritório de Direitos Autorais negou o pedido, alegando que a obra não possuía autoria humana.

Essa decisão destaca a complexidade de determinar a autoria de obras criadas por IA e a necessidade de revisão e atualização das leis de direitos autorais para abordar essas novas formas de criação. Ainda não há um consenso global sobre como proteger os direitos autorais de obras geradas por IA, e isso continuará sendo um desafio à medida que a tecnologia avança.

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Ao final da resposta, ela sugeriu mais perguntas e indicou que usou a coluna Arte criada por IA não é protegida por direitos autorais, decide juíza nos EUA para responder.

Apesar de já ser poderosa, a IA do Estadão ainda está em fase de testes Foto: Estadão

Mais uma vez usei uma das opções de questões sugeridas pela IA e perguntei “Qual o impacto da inteligência artificial na indústria cultural?”. A resposta foi:

A inteligência artificial (IA) tem tido um impacto significativo na indústria cultural. Ela tem sido usada em várias áreas, como música, cinema, arte e literatura, para impulsionar a criatividade e a produção de conteúdo. Na música, por exemplo, a IA tem sido utilizada para compor músicas, criar arranjos e até mesmo imitar o estilo de artistas famosos.

Algoritmos de IA podem analisar grandes quantidades de dados musicais para identificar padrões e criar novas composições. Além disso, a IA também pode ser usada para personalizar recomendações musicais com base nos gostos e preferências dos usuários. No cinema, a IA tem sido usada para aprimorar a produção e os efeitos visuais.

Algoritmos de IA podem ser usados para criar personagens digitais realistas, gerar cenas de ação complexas e até mesmo melhorar a qualidade das imagens. Além disso, a IA também pode ser usada para analisar dados de bilheteria e público-alvo, auxiliando na tomada de decisões de produção e marketing. Na arte, a IA tem sido usada para criar obras de arte únicas e inovadoras. Algoritmos de IA podem gerar imagens, esculturas e até mesmo performances artísticas. Essas criações podem ser baseadas em dados e padrões existentes ou podem ser completamente novas e inesperadas.

A IA também pode ser usada para ajudar artistas a explorar novas técnicas e estilos. Na literatura, a IA tem sido usada para escrever textos, desde notícias até romances. Algoritmos de IA podem analisar grandes quantidades de dados textuais para identificar padrões e estilos de escrita. Isso pode ser usado para gerar automaticamente textos com base em determinados temas ou estilos literários. No entanto, é importante ressaltar que a IA na indústria cultural também traz desafios e questões éticas. Por exemplo, há preocupações sobre a autoria de obras criadas por IA e sobre a possibilidade de substituição de artistas humanos. Além disso, também há preocupações sobre a qualidade e originalidade das obras geradas por IA.

A resposta foi bem completa e junto dela, a IA sugeriu mais perguntas e indicou os links de onde pegou as informações.

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Apesar de ainda estar em fase de testes, IA é capaz de dar respostas completas sobre diversos assuntos Foto: Estadão

Como já consegui entender bastante desse tema, enviei apenas mais uma pergunta: “Quais as plataformas de IA mais famosas?”.

Algumas das plataformas de IA mais famosas são:

  • ChatGPT
  • LaMDA

Essas plataformas são conhecidas por sua capacidade de gerar texto e fornecer respostas inteligentes aos usuários.

É possível ter um bate-papo com a Leia usando apenas as perguntas que ela mesma sugere ao usuário Foto: Estadão

Tem dúvidas para a Leia? Deixe na sessão de comentários abaixo ou teste a IA você mesmo, acessando leia.estadao.com.br.

*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

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