Eleições em São Paulo

Por g1 SP — São Paulo


Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de SP, durante entrevista ao SP1 — Foto: Celso Tavares/g1

Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de São Paulo, disse ao SP1 nesta quarta-feira (14), minimizou a rejeição do eleitorado e avaliou ter tempo para reverter o índice.

O ex-prefeito da capital paulista lidera as intenções de voto, mas tem também a maior rejeição entre os candidatos ao governo paulista.

Durante a entrevista, ele também defendeu ampla autonomia para a controladoria, órgão responsável por fiscalizar irregularidades dentro da administração pública.

"Essa que foi criada no estado não funciona. Precisa de uma lei que dê ampla liberdade pro controlador. Se for uma só para constar, não vai resolver".

Ele também prometeu fazer o "melhor ensino médio do país".

Haddad foi o terceiro da série de entrevistas do SP1 com os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes.

Fernando Haddad, candidato do PT ao governo de SP, durante entrevista ao SP1 — Foto: Celso Tavares/g1

Os três candidatos que tiveram 6% ou mais na pesquisa Ipec de 6 de setembro são entrevistados ao vivo. As entrevistas terão duração de 35 minutos, e as íntegras ficarão disponíveis no Globoplay.

Os outros sete candidatos participarão de entrevistas gravadas, com duração de 2 minutos, que também serão exibidas nos telejornais locais.

Ordem de exibição: Dorta (PCO) e Jorge (DC) no dia 15; Carol Vigliar (UP) e Gabriel Colombo (PCB) no dia 16; Poit (Novo), Elvis Cezar (PDT) e Altino (PSTU), no dia 19.

Combate a corrupção

Fernando Haddad (PT) responde a pergunta sobre governabilidade e relação com deputados

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Para o candidato, o combate a corrupção na esfera pública se dá não apenas com a escolha de uma equipe técnica e de qualidade, mas garantindo autonomia a órgãos de fiscalizadores, como a Controladoria.

"Escolher o time é fundamental. Você precisa de um controle interno. Não precisa contar só com Ministério Público e Tribunal de Contas. Precisa de uma Controladoria. A Controladoria criada no governo Lula inibiu problemas nos Ministérios. Ela funciona muito bem."

"Essa que foi criada no estado não funciona. Precisa de uma lei que dê ampla liberdade pro controlador. Se for uma só para constar, não vai resolver".

Rejeição

Embora lidere as pesquisas de intenção de voto, Haddad também é o candidato que acumula maior índice de rejeição dos eleitores.

Ele minimizou a importância da estatística e avalia ter tempo para conseguir reverter o quadro.

"É natural que alguém torça contra. Todo time grande tem quem torce a favor e aqueles que são contra. Temos três semanas para melhorar rejeição".

Fernando Haddad (PT) fala sobre rejeição em pesquisas e na eleição de 2016

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Educação

Ao SP1, o ex-prefeito de SP criticou a forma como as gestões tucanas trataram a educação no estado. Ele considera não ser aceitável que o estado esteja em sexto lugar no ranking nacional e prometeu investir na educação para fazer o que chamou de "melhor Ensino Médio do país".

"Eu quero criar um padrão de ensino médio no estado de São Paulo. O estado de São Paulo não pode ter o sexto melhor Ensino Médio do país, ele tem que ser o primeiro. E para isso nós vamos pegar o projeto pedagógico do Instituto Federal com a infraestrutura do CEU".

Fernando Haddad (PT) fala sobre problemas para entrega de CEUs quando foi prefeito

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Carga tributária

Durante a entrevista, Haddad disse que sua gestão promoverá o crescimento econômico sem elevar a carga tributária. Ele afirmou que é preciso devolver poder aquisitivo para as populações mais carentes para fazer a economia girar de forma menos opressora.

"Eu não vou aumentar a carga tributária. Eu vou melhorar o crescimento econômico. Porque do crescimento econômico que tem que sair o recurso a mais. Se você aumentar a carga tributária, ah, vou ter mais dinheiro para investir. Você vai matar os ovos da galinha de ouro. Se você apostar no crescimento, o círculo virtuoso vai se impor e você vai ter mais recurso."

"O orçamento do Ministério da Educação foi de R$ 20 para R$ 100 bilhões no período que estava lá. Em termos reais, foi aumento de 200% sem aumento da carga tributária porque a economia girava. Não vai ser a realidade de agora se continuar com essa política econômica que estrangula o pobre. O pobre deixou de consumir."

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