Por G1 Ribeirão e Franca


Professores da rede estadual fazem greve na região de Ribeirão Preto

Professores da rede estadual fazem greve na região de Ribeirão Preto

Alunos de ao menos 30 escolas estaduais nas regiões de Ribeirão Preto (SP), Franca (SP) e Barretos (SP) estão com aulas prejudicadas devido à greve dos professores iniciada nesta terça-feira (28).

A categoria reivindica reajuste salarial de 22,03%, a reabertura das salas fechadas e se coloca contrária à reforma da Previdência, exigindo a retirada da PEC 287/2016 do Congresso.

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação destaca que não há colégios fechados ou com atividades paralisadas e que mantém uma mesa de negociação aberta com os sindicatos, "com interlocução direta do secretário José Renato Nalini."

O coordenador do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Franca, Edivaldo Máximo, explicou que a paralisação deve continuar até a próxima sexta-feira (31), quando está prevista uma assembleia na capital paulista.

Máximo afirma que os docentes não recebem reajuste salarial há três anos e reclama da qualidade dos materiais disponibilizados pelo governo do Estado. Na região de Franca, as aulas estão prejudicadas em Patrocínio Paulista (SP), Rifaina (SP) e São José da Bela Vista (SP).

"Já faz muitos anos que São Paulo não dá aumento real nos salários. Pedimos também a reabertura imediata das salas de aula que foram fechadas de 2016 para 2017. Só em Franca, temos mais de 100 salas fechadas", diz.

O diretor da subsede da Apeoesp em Ribeirão Preto, Mauro Inácio, afirma que cerca de 30% dos professores da Escola Estadual Otoniel Mota aderiram à greve. Nas escolas Jardim Paiva 2 e Jardim Progresso, o percentual de docentes parados é de 20% .

Na região de Barretos, o diretor da Apeoesp Dorival Aparecido da Silva diz que a adesão à greve estadual afeta escolas do próprio município, e ainda de Colina (SP) e Jaborandi (SP). Silva estima que entre cinco e 10 professores de cada escola estão parados.

Negociação aberta

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação informa que mantém aberta a negociação com os sindicatos dos professores e que, se houver conteúdo perdido devido à greve, as aulas serão repostas. A pasta destaca que as faltas não justificadas pelos docentes serão descontadas.

Ainda segundo a Secretaria, nenhum professor da rede estadual recebe menos do que o piso nacional, que é de R$ 2.298,80. O salário-base no ensino PEB II é R$ 2.415,89, ou seja, 5% superior ao piso nacional e acrescido de benefícios.

"A Secretaria da Educação pagará a professores e servidores o bônus por mérito no valor de R$ 290 milhões. Sendo que no último dia 7 já foi pago o salário com acréscimo de 10% a mais de 18 mil professores de educação básica I", diz o comunicado.

Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!
Mais do G1