Governo Tarcísio recua de fechar escola centenária em 2025

Escola estadual de São Paulo só será fechada em 2026, quando prefeitura deve iniciar obras de revitalização no Parque Dom Pedro 2º

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São Paulo

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) recuou da decisão de fechar a Escola Estadual de São Paulo, no centro da capital, em 2025. Os alunos e professores poderão continuar na unidade no próximo ano letivo.

A escola, no entanto, será fechada em 2026, quando a Prefeitura de São Paulo deve iniciar obras de revitalização no Parque Dom Pedro 2º. Conforme mostrou a Folha, a gestão Tarcísio pretendia fechar a unidade um ano antes da previsão de início das intervenções no local.

Fundada em 1894, a escola é uma das mais antigas do estado. A unidade fica ao lado do parque. Alunos e professores fizeram manifestações contra o fechamento.

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Governo Tarcísio recua de fechar escola centenária em 2025 - Gabriel Cabral - 17.mai.24/Folhapress

"A escola não vai fechar no próximo ano. A prefeitura pediu o prédio, mas a gente conseguiu conversar e jogar, mudar essa decisão. A escola São Paulo abre em 2025", disse o secretário de Educação, Renato Feder, nesta quarta-feira (18) durante sua prestação de contas na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

A revitalização do Parque Dom Pedro 2º é de responsabilidade da gestão municipal de Ricardo Nunes (MDB). Prometida há anos, as obras vão ser feitas por meio de uma PPP (parceria público-privada) que nem sequer foi licitada —a sessão de licitação deve acontecer apenas no fim de janeiro de 2025.

À época que anunciou o fechamento, o governo do estado disse que a decisão partiu de um entendimento "firmado entre o município e o Governo do Estado, evitando qualquer risco aos alunos e funcionários.’

A pasta também informou que a tradicional escola não deve voltar a receber alunos no ensino regular. O plano da pasta é que, após o término das obras, a unidade volte a funcionar oferecendo cursos de educação profissional ou como CEEJA (Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos).

O secretário não informou se a decisão de não voltar a receber alunos no ensino regular após as obras será mantida.

Conforme mostrou a Folha, a secretaria planeja fechar no próximo ano ao menos 96 turmas de ensino médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos) que funcionam no período noturno das escolas estaduais.

Além de ser uma das mais antigas e tradicionais da cidade, a Escola Estadual de São Paulo foi escolhida nos últimos anos para receber investimentos e integrar novas apostas educacionais dos governantes paulistas.

Em 2019, o governo estadual concluiu uma obra grande de restauro na unidade, com reposição de peças e materiais, substituição de piso de porcelanato para sala de ensaio e mezanino, entre outras melhorias.

Dois anos depois, em 2021, foi escolhida pela gestão João Doria para integrar uma das primeiras escolas que passariam a integrar o PEI (Programa de Ensino Integral). Ao aderir o modelo, a escola recebeu um aporte maior de recursos.

Em maio deste ano, a pasta disse ao blog São Paulo Antiga que estava fazendo uma nova série de reformas na unidade. Segundo a secretaria, estava sendo feito um investimento de mais de R$ 520 mil para "revitalização estrutural" da escola, com obras na área de alimentação, sanitários e na cobertura.

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Comentários

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ANIBAL CARRION

19.dez.2024 às 20h15

A educação não é prioridade da direita nunca foi. Uma escola centenária e com bom quadro a mercê do grande laboratório chamado direita ideológica mercantilista. Parabéns aos pais e alunos que votaram nisso. Qto menos educação mais fácil a alienação