Por G1 MS


Secretária estadual de Educação de Mato Grosso do Sul, Maria Cecília Amêndola da Motta, em entrevista ao “Papo das Seis”, do Bom Dia MS, desta quarta-feira (29) — Foto: Átilla Eugênio/TV Morena

“Não tem previsão”. Dessa forma a secretária estadual de Educação de Mato Grosso do Sul, Maria Cecília Amêndola da Motta, definiu a perspectiva da entrega de material escolar para os alunos da rede estadual de ensino em 2019.

Em entrevista ao “Papo das Seis”, do Bom Dia MS, desta quarta-feira (29) a secretária explicou que vários problemas na licitação para a compra dos materiais, com recursos das empresas participantes, atrapalharam tanto o andamento do certame, que o governo decidiu cancelá-lo e fazer um novo procedimento.

“Em nenhuma escola do estado foi entregue o material, por conta de problemas na licitação. […] Foram tantos recursos que entraram [as empresas participantes] que o governo achou por bem suspender e fazer uma nova. [...]Tão cedo não vai chegar o material. Todo mundo sabe que um processo licitatório demora. Nós começamos no ano passado [o de 2019], assim como fizemos no ano retrasado e não teve nenhum problema, em fevereiro as escolas estavam com o material. Mas para este ano foi bem difícil e complexo. Nenhuma escola recebeu o material”, admitiu.

Maria Amêndola disse ainda que a secretaria enviou as escolas o pouco que tinha de estoque e as unidades com essa sobra e o que também não havia sido utilizado no ano passado entregaram aos estudantes mais carentes esses materiais.

Disse ainda que uma parte dos alunos da rede estadual, apesar de estudarem em escolas públicas, não “tem necessidade”, porque a família adquire os materiais. “[…] a família compra o material. Compra a mochila. Compra caderno bonitinho. Menino do ensino médio acaba comprando um caderno diferenciado”.

A secretária adiantou ainda que os professores aprovados no recente concurso promovido pela pasta devem começar a ser chamados para posse no meio deste ano. “Eles fizeram o concurso no ano passado. Uma parte da prova, foi agora em janeiro deste ano e não pretendemos mudar ninguém em maio, porque para o aluno é muito ruim. Então, nosso compromisso é chamar na metade do ano, para o segundo semestre”, adiantou.

Em relação a como a greve dos servidores técnico-administrativos tem afetados as escolas da rede estadual, Maria Amêndola comentou que uma mobilização dos colegiados escolares e das associações de pais e mestres (APMs) tem ajudado a minimizar os impactos.

“Dois terços estão ficando na escola [dos servidores dessas categorias]. Então tem um colegiado, formado por pais e professores e tem a APM. Eles estão se organizando. Ora vem pai, ora vem mãe para a cozinha. Ora vem aluno para ajudar na limpeza. [...]Não é correto, mas existem países em que as crianças saem da sala de aula e as crianças deixam a sala impecável. No Brasil é que não se pode fazer nada. Parece que tudo é muito difícil [...]”.

Veja abaixo a entrevista da secretária estadual de Educação:

Secretária de Educação, Maria Cecília Amendôla da Mota, é a entrevistada do Papo das 6

Secretária de Educação, Maria Cecília Amendôla da Mota, é a entrevistada do Papo das 6

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!