Por G1 DF


Professores do DF reunidos no dia em que decidiram terminar a greve, que durou 29 dias — Foto: Marília Marques/G1

O governo do Distrito Federal descontou no contracheque dos professores os dias não trabalhados na última greve da categoria. No Portal da Transparência, o salário dos professores já aparece com os abatimentos. A paralisação terminou no dia 12 de abril, após 29 dias de mobilização.

A diretora do Sindicato dos Professores Nilza Santos disse ao G1 que a categoria "foi pega de surpresa com o desconto". Segundo ela, os professores estão cumprindo o acordo de repor os dias parados e deram aula nos três últimos sábados.

De acordo com a Secretaria de Planejamento, o governo está cumprindo uma ordem da Justiça, que determinou o corte de ponto. A pasta diz ainda que fez reuniões com o Sindicato dos Professores e com o Ministério Público em busca de um acordo para fazer uma folha suplementar e pagar os dias parados, mas isso ainda depende do aval da Justiça.

Relembre

A greve dos professores foi considerada ilegal pela Justiça em 27 de abril. Na decisão, o desembargador Héctor Valverde Santana estabeleceu que toda a categoria voltasse às atividades imediatamente, também determinando o corte de ponto dos dias faltados. Em caso de desrespeito, a multa prevista era de R$ 100 mil por dia. Na época, o sindicato disse que iria recorrer.

"Mostra-se abusiva a paralisação das atividades em questão sem contingenciamento mínimo de pessoal necessário a propiciar a continuidade da prestação do serviço público", entendeu o desembargador à época.

Trecho da decisão do TJ que manda professores encerrarem greve — Foto: Reprodução

Os servidores iniciaram a paralisação para reivindicar o pagamento da quarta parcela do reajuste salarial. A medida foi prometida pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e deveria ter sido paga em outubro do ano passado. Desde o início da movimentação, o GDF alegou não ter condições financeiras de arcar com o reajuste reivindicado pelos professores.

O governo ofereceu o pagamento de até R$ 100 milhões, de acordo com a disponibilidade do caixa, para quitar, por exemplo, as licenças-prêmio. Além de se comprometer em não adotar a nova Lei da Terceirização na atividade-fim da educação.

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