Economia

Google vai destinar R$ 1 milhão para investir em projetos contra violência racial

As inscrições para edital que selecionará as propostas começam hoje e vão até o dia 6 de junho, no site do parceiro Fundo Baobá para Equidade Racial
Google intensificou suas doações para o combate ao racismo após a morte de George Floyd Foto: THOMAS PETER / Reuters
Google intensificou suas doações para o combate ao racismo após a morte de George Floyd Foto: THOMAS PETER / Reuters

RIo -  O Google vai destinar R$ 1 milhão para investir em projetos de enfrentamento ao racismo e à violência racial. O edital foi lançado hoje e as inscrições vão até o dia 6 de junho no site Fundo Baobá para Equidade Racial, entidade que coordenará a seleção das ONGs que receberão o apoio.

Ao todo, serão 10 entidades e cada uma receberá R$ 100 mil, além de suporte técnico, capacitação e ferramentas de planejamento, gestão, monitoramento e avaliação de projetos, captação de recursos, entre outras orientações.

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A inscrição no edital Vidas Negras: Dignidade e Justiça é válida para organizações com CNPJ ativo há mais de um ano, sem fins lucrativos, compostas por 85% ou mais de membros e diretoria autodeclarada negra (preta ou parda) e com, pelo menos, uma pessoa em regime de dedicação exclusiva.

Também, os temas dos projetos devem estar dentro destes escopos: enfrentamento à violência racial sistêmica; proteção comunitária e promoção da equidade racial; enfrentamento ao encarceramento em massa entre adultos e jovens negros e redução da idade penal para adolescentes; ou reparação para vítimas e sobreviventes de injustiças criminais com viés racial.

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O Fundo Baobá completa 10 anos em 2021 e é uma entidade que trabalha em prol da equidade racial para a população negra. Para a diretora-executiva, Selma Moreira, as injustiças raciais jamais serão reparadas totalmente, mas é possível evitá-las em muitos casos, por isso o esforço conjunto.

— Apenas as ações de políticas públicas não têm sido suficientes para conter a crescente escalada de violências e outras violações de direitos que assolam a população negra brasileira. Esse edital é estratégico.

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O Google intensificou suas ações contra o racismo, dentro e fora da empresa, depois da morte violenta do norte-americano negro George Floyd por um policial branco, no ano passado. Em 2020 mesmo, o CEO do Google e da Alphabet, Sundar Pichai, reafirmou a importância de se reconhecer o racismo como um problema global e a Google.org, braço filantrópico da gigante de tecnologia, anunciou doações para ajudar entidades que atuam à frente do combate.