Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

General da equipe de Bolsonaro quer rever bibliografia usada nas escolas

Aléssio Ribeiro diz que livros distribuídos 'deixam qualquer mãe estupefata', mas não cita quais; para ele, alguns temas são 'responsabilidade dos pais'

Por Da Redação Atualizado em 15 out 2018, 17h29 - Publicado em 15 out 2018, 16h36

À frente do grupo que elabora propostas para o Ministério de Educação de um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), o general Aléssio Ribeiro Souto diz que “é muito forte a ideia” de se fazer ampla revisão dos currículos e das bibliografias usadas nas escolas para evitar que crianças sejam expostas a ideologias e conteúdo “impróprio”. Ele defende que professores exponham a verdade sobre o “regime de 1964”, narrando, por exemplo, mortes “dos dois lados”.

“É muito forte a ideia de revisão dos processos curriculares, das bibliografias. Isso precisa ser muito cuidado para não termos absurdos que vimos na TV, como a distribuição de livros que deixam qualquer mãe estupefata”, disse. Para o general, “determinadas coisas são responsabilidade dos pais”, porque a escola “não tem de influenciar para uma direção ideológica”. “Estamos colocando revisão completa dessas questões curriculares.”

Em relação à temática da ditadura militar, o general defende um debate “à luz da liberdade”. “A questão de golpe é a menor. Há quem diga que o afastamento da Dilma, feito no âmbito do Congresso, foi golpe. Mas sonegar para crianças o que ocorreu? Não concordo”, disse. “Quando você trata dos problemas e das mortes — e guerra traz mortes —, tem de tratar dos dois lados. Existe a verdade. Ela nem sempre tem sido retratada”, acrescentou.

Para Aléssio Ribeiro, é preciso “orientar toda a cadeia de gestão” para solucionar este problema. “Nós buscamos a paz e a harmonia através da democracia e de praticar a verdade. E não usar mentira e canalhice. E aí é a mudança que o Bolsonaro ofereceu ao povo e que foi acolhida majoritariamente”, disse.

Política de cotas

O general defende a “prevalência do mérito” e diz que, se sua ideia for aceita por Bolsonaro, serão estudadas medidas “não traumáticas para substituir as regras”.

“O país deve chegar ao momento que não precisará de cotas. É remendo. Mas eliminar agora? É preciso equilíbrio. Que tal ensino complementar aos desassistidos? Pobre branco de olhos azuis não tem direito?”, questionou.

Ex-chefe do Centro Tecnológico do Exército, o general Aléssio Ribeiro foi chamado a coordenar debates de ciência e tecnologia, mas acabou acumulando a área de educação “por afinidade”.

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.