"Esse é um legado que eles deixam para os filhos, quanto mais o pai está presente na escola, mais o filho dá importância e respeito ao processo educacional e aos profissionais que trabalham na escola", explica a diretora da Escola de Educação Básica Mater Dolorum, Giana Martins.

Na unidade de ensino, o trabalho é integrado na Associação de Pais e Professores (APP). "Não é mais aquele olhar de você simplesmente entregar seu filho e a partir do portão pra dentro se muda a história. A educação formal é uma, e a educação de casa outra. Nós não conseguimos fazer educação de qualidade sem o apoio da família", afirma a diretora.

O presidente da APP, Vilmar Rech, é um exemplo desta nova consciência que a escola despertou sobre uma educação mais participativa. Tudo começou com o interesse em acompanhar de perto a rotina e o desempenho da filha nos estudos.

"Eu sempre gostei de estar integrado na sociedade, na escola, até para me sentir útil. É fundamental que você participe, ainda mais quando é um trabalho voluntário. A finalidade da APP é auxiliar, acompanhar o processo educacional da escola e fazer essa integração entre a família, a escola e a sociedade. Essa integração é fundamental", disse Rech.

Para a filha Gabriela Rech, a proximidade e a preocupação têm feito toda diferença. "Faz com que eu me sinta mais importante no meio e me motiva mais a procurar mais do que o meu limite. Sempre vá atrás do que quer, não deixar pra última hora. Acho muito bom que todos os pais na verdade tivessem essa influência no meio, não só o meu, pra que eles consigam se integrar mais na vida escolar dos filhos".

O engajamento dos pais aqui está tão forte, que mesmo quem já não tem os filhos estudando na escola, segue na unidade de ensino para ajudar nas atividades. Os filhos de Luís Carlos Techio terminaram o ensino médio no ano passado, mas ele continua na associação, acompanhando o dia a dia da escola e colaborando com trabalhos de reparos.

"É fundamental, porque o pai estando junto, o filho não arruma outros caminhos. Então junto ali, acompanhando, vê o que o filho está fazendo, se está indo bem na escola, só tem a somar", afirma o voluntário.

Em Criciúma, no Sul catarinense, voluntários do Observatório Social, visitam desde o início do ano escolas municipais para fazer um levantamento analítico e com dados, que avaliam desde a estrutura da unidade, até o conteúdo apresentado para os alunos.

“Nós queremos saber como está sendo investido as verbas que vêm para a educação e se os recursos estão sendo bem investidos. Além disso, quais as necessidades que podem estar dificultando um bom aprendizado e impactando nos resultados”, explica a voluntária Mafalda Rosso Izidoro.

Com 35 anos experiência no ramo da educação, Pedro Paulo de Miranda aplica seus conhecimentos práticos no projeto. “Considero esse serviço como um exercício de cidadania. A partir desta pesquisa é possível constatar os problemas que as escolas encontram, e sugerir uma forma adequada de resolver essas carências”, disse.

Uma das unidades que recebe os trabalhos desenvolvidos pelo grupo é a Escola Professor Jairo Luiz Thomazi. Segundo os voluntários, o objetivo das atividades é contribuir para um futuro melhor para as crianças. No final, será feito um relatório que será enviado para a Secretaria Municipal de Educação.

Escola de Educação Básica Mater Dolorum

Observatório Social

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