Por Rosanne D'Agostino, g1 — Brasília


'Mentes autoritárias assacam desinformações para deseducar', diz Fachin

'Mentes autoritárias assacam desinformações para deseducar', diz Fachin

O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta quarta-feira (15) que, atualmente, "mentes autoritárias" lançam "desinformações para deseducar" a população.

O ministro participou do IX Encontro Nacional de Escolas Judiciárias Eleitorais (ENEJE) na sede do TSE, em Brasília, e proferiu palestra sobre o papel da educação para a democracia e cidadania.

“É convocatório o tempo do agora. Mentes autoritárias assacam desinformações para deseducar. Cabe às mentes democráticas vigiar e educar para a paz cidadã”, disse Fachin.

O ministro Edson Fachin durante sessão no TSE no início de junho — Foto: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE.

O ministro, que também faz parte do Supremo Tribunal Federal (STF), não citou nomes ao falar de mentes autoritárias. Ele tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro, que tenta, sem provas, deslegitimar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.

Para Fachin, existe em todo o mundo setores da sociedade insatisfeitos com a democracia. O ministro argumentou que a solução é o aperfeiçoamento da democracia, e não o regresso às ditaduras.

“No momento em que o descontentamento democrático tem se demonstrado em nível mundial, a educação para a cultura democrática, para uma cidadania consciente, se revela ainda mais essencial para a preservação do espírito democrático”, defendeu Fachin.

Combate ao autoritarismo

Fachin também disse que o combate ao autoritarismo passa pela defesa da Constituição e pelo cumprimento das leis.

“É preciso reafirmar nossa esperança, o valor da institucionalidade. É que essa sociedade não convive com a ideia de retrocesso democrático. Nenhum recuo nesses valores pode ser admitido”, declarou.

Ele concluiu que a Justiça Eleitoral tem o dever de não cruzar os braços diante de ataques à democracia e às eleições.

“E nós, órgãos da Justiça Eleitoral, somos agentes que temos deveres, dentre eles o de não cruzar os braços para operar à luz da nossa responsabilidade no campo do diálogo, da reflexão coletiva e do fortalecimento dos valores democráticos”, afirmou.

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