As inscrições poderão ser realizadas a partir das 10h desta sexta-feira (5), até as 15h59 do dia 13 de maio.

Os alunos selecionados vão participar do Projeto de Iniciação Científica de Matemática (PICMat), que começou em 2016 e oferece aulas e encontros semanais de aprofundamento de estudos.

O projeto é uma iniciativa da Sedu, em parceria com a Coordenação Regional da OBMEP/Ufes e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).

Os grupos, localizados em mais de 35 cidades, terão duração de seis meses, com carga horária semanal de quatro horas presenciais e uma hora online, totalizando 80 horas.

“É um trabalho para estimular o jovem a ter dedicação e apreço pela matemática. Os alunos terão encontros semanais com os tutores, receberão aulas de aprofundamento de estudos em Matemática para participar das fases da OBMEP 2017 e serão orientados para elaborar artigos e produtos tecnológicos”, explicou o secretário da Educação, Haroldo Correa Rocha.

O projeto almeja melhorar os indicadores do estado na disciplina. Também tem o objetivo de ampliar o desempenho na própria OBMEP.

Em 2016, do total de 327.243 estudantes inscritos na olimpíada em todo o estado, o Espírito Santo ganhou 192 medalhas, 25 a mais do que no ano anterior. A quantidade de medalhas de ouro, porém, caiu de 10 para 9.

A avaliação que vai selecionar os mil estudantes para os grupos de estudo será elaborada em parceria com a coordenação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).

Segundo o coordenador da Obmep no Espírito Santo e professor da Ufes, Florêncio Guimarães, a prova terá o mesmo estilo da que é aplicada na competição nacional.

“A ideia da prova é aproximar os problemas práticos do dia a dia da disciplina. É mostrar que a Matemática não é algo distante, que a cominação de contagem, a geometria, a proporção, e outros conteúdos fazem parte do cotidiano”, comenta o professor.

A prova de matemática será aplicada no dia 20 de maio, com início às 9 h no polo escolhido pelo candidato na inscrição.

Em um projeto como esse, que selecionará os alunos para estudar matemática, é preciso que haja uma relação do reforço com o planejamento de rede para ajudar a melhorar os índices de ensino da disciplina. Se não estiver relacionado com o plano pedagógico já existente, acaba sendo só uma emenda. É preciso trabalhar junto, articular com as escolas. Mas, de maneira geral, é o ensino de matemática tem desafios enormes a serem superados. Muito por conta de problemas na formação inicial e continuada de professores de que não conseguem levar às escolas um ensino relacionado ao cotidiano. A sociedade alimenta a ideia de que a matemática é um “bicho papão”, e não é. Está em todas as nossas questões de planejamento doméstico e que precisam ser trabalhadas nas escolas.

Ricardo Falzetta - gerente de conteúdo do movimento Todos Pela Educação