Por Israel de Carvalho *, g1 DF


Protesto contra corte no orçamento das universidades federais em Brasília — Foto: Israel de Carvalho/g1

Estudantes, professores e servidores do Instituto Federal de Brasília (IFB) e da Universidade de Brasília (UnB) realizaram um protesto, na manhã desta quinta-feira (9), contra os bloqueios no orçamento das instituições de ensino superior federais pelo Ministério da Educação (MEC).

O ato é uma reação aos bloqueios anunciados pelo governo federal. No mês passado, o MEC divulgou redução de R$ 3,2 bilhões nos repasses às instituições. Já neste mês, informou que o corte foi diminuído para R$ 1,6 bilhão.

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O grupo se reuniu no Museu da República, com faixas que traziam frases como: "Abaixo os cortes de verba". Por volta das 10h20, os participantes saíram em marcha pelo Eixo Monumental. Três faixas da via chegaram a ser bloqueadas.

Protesto contra corte no orçamento das universidades federais em Brasília — Foto: Israel de Carvalho/TV Globo

O grupo passou pelo Congresso Nacional e finalizou o ato em frente à sede do MEC, por volta das 11h. A Polícia Militar acompanhou o protesto, assim como agentes da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal).

Questionado sobre a manifestação, o Ministério da Educação não tinha se pronunciado até a última atualização desta reportagem.

Manifestantes protestam contra cortes no orçamento do ensino federal, em Brasília — Foto: Israel de Carvalho/g1

O presidente do Diretório Central dos Estudantes do IFB, Lucas Pessoa, afirma que os cortes têm impacto direto na qualidade dos serviços oferecidos aos estudantes, provocando demissão de terceirizados e até falta de insumos para aulas.

"A gente não pode tolerar que tenha mais um corte desses. Só no IFB, é de R$ 3 milhões. Para ter ideia, é equivalente ao orçamento anual de um campus. A gente está muito preocupado com isso", diz.

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Os bloqueios no orçamento das universidades e institutos federais foram anunciados em 28 de maio. O valor inicial era referente a 14,5% da verba das instituições para despesas de custeio e investimento.

O total fazia parte do orçamento discricionário, ou seja, os valores que cada universidade pode definir como aplicar, excluindo despesas obrigatórias, como salários e aposentadorias de professores.

O governo diz que o contingenciamento é necessário para cumprir o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.

No entanto, em 3 de junho, o o MEC desbloqueou cerca de metade do valor, R$ 1,6 bilhão. A medida foi anunciada pelo ministro Victor Godoy, em uma publicação no Twitter.

*Sob supervisão de Maria Helena Martinho.

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