Por EPTV 2 — Passos, MG


Estudantes e Funcionários do Instituto Federal protestam contra corte de verba em Passos

Estudantes e Funcionários do Instituto Federal protestam contra corte de verba em Passos

Estudantes e funcionários do Instituto Federal em Passos (MG) fizeram uma manifestação na tarde desta quarta-feira (8) contra o anúncio do corte de verbas da educação pelo governo federal. A concentração aconteceu na Praça do Rosário, no Centro.

Com faixas e cartazes, estudantes e funcionários protestaram contra o corte de 30% da verba da educação para as instituições federais.

"A gente vai lutar pelo direito de estar dentro de uma instituição de ensino de qualidade, que para muita gente é a única oportunidade que elas vão ter na vida de ter um ensino médio tão bom quanto e a gente vai lutar com todas as nossas forças, até as últimas consequências, para manter o nosso campus aberto", disse a universitária Giovanna Assis.

Nos institutos federais do Sul de Minas, o corte foi de quase 40% do orçamento, o que dá cerca de R$ 16 milhões para este ano. Para se adequar a essa queda na verba, o instituto vai precisar rever as despesas de alimentação e moradia dos estudantes, concessão de bolsas e até a ração dos animais usados em pesquisas. Além disso, pode haver cortes de funcionários terceirizados responsáveis pela limpeza e segurança.

Estudantes e funcionários do IF fazem manifestação em Passos — Foto: Reprodução EPTV

"Nós já temos dois cursos de formação suspensos e também a gente a possibilidade de algumas viagens técnicas e outras atividades essenciais para o ensino sejam suspensas", disse o coordenador do curso de Informática, Rildo Duarte.

Só o campus do Instituto Federal em Passos tem 18 cursos técnicos, superiores e de pós-graduação. Alguns estudantes não sabem como vão continuar na instituição se os benefícios forem cortados.

"Muitos alunos precisam dessa escola, dessa educação que é dada para escola, acho bem chato e ridículo retirar 30% da verba não vendo que muitos alunos precisam dela", disse a universitária Suelen Dias.

O que diz o MEC

Em nota, o Ministério da Educação informou que o critério utilizado para o bloqueio de verbas foi o mesmo para todas as universidades e institutos. E que o corte foi uma necessidade do governo federal para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ainda segundo o MEC, o bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas.

Além disso, o bloqueio pode ser revisto pelos ministérios da Economia e Casa Civil, caso a reforma da previdência seja aprovada e as previsões de melhora da economia no segundo semestre se confirmem.

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