Por Cláudia Alessi, RBS TV


Alunos da rede pública de Erechim desenvolvem aplicativo escolar

Alunos da rede pública de Erechim desenvolvem aplicativo escolar

Estudantes de uma escola pública de Erechim, no Norte do estado, aceitaram o desafio de criar um aplicativo em uma disciplina de projeto, em 2016, quando a turma estava no primeiro ano do ensino médio. Agora, no ano da formatura, a comunidade escolar comemora os resultados do projeto. O resultado deu tão certo que a ferramenta foi integrada ao dia a dia do colégio.

O diretor do Colégio Estadual Professor Mantovani, Roberto Bagatini, explica como surgiu a ideia. "Como é que nós íamos aproximar a escola e o ensino médio da universidade? Justamente mostrando o método científico na prática. Aqui a gente fala, mas também faz as coisas", diz o diretor.

O aplicativo reúne todas as informações da escola. É possível encontrar a grade de horários, matérias, eventos e até notificações de recados. E o melhor: pode ser utilizado por toda a comunidade escolar. "A gente se comunica com os estudantes, entrega bilhetes, mas como muitas vezes acontece, eles acabam perdendo ou esquecem de avisar os pais, então eu acho que uma das principais funções desse aplicativo vai ser comunicar as famílias de tudo o que acontece dentro da escola", diz a professora de Língua Portuguesa, Nadia Federle.

Antes de colocar o projeto em prática, os estudantes fizeram muita pesquisa, criaram um termo de uso e legalizaram o projeto. Eles precisaram aprender conteúdos que sequer imaginavam ver na escola, como tecnologia da informação e programação. Hoje, com os aplicativos instalados, comemoram o resultado.

"Eu achei muito interessante até porque ele [o aplicativo] para auxiliar a gente e unir a escola com a tecnologia, até porque a gente tá sempre conectado", diz uma das estudantes, Marina Boschetti, 16 anos. Depois de tanto trabalho, os estudantes agora aproveitam a funcionalidade. "A gente trabalhou por três anos na idealização do aplicativo e agora que ele está pronto, é só instalar, é uma sensação muito boa, de ver que algo deu certo", diz William Secche, 17.

Houve até quem descobriu uma nova vocação após o projeto. João Goulart, de 17 anos, conseguiu um emprego com a experiência que ganhou com a criação do aplicativo. "No primeiro ano, quando a gente começou a desenvolver esse projeto, eu não trabalhava. Não tinha interesse em trabalhar na área de informática No segundo ano, eu já consegui um emprego na área. Tô até hoje lá, então, isso me abriu bastante espaço no mercado de trabalho", conta o estudante.

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