Por G1 MT


Karina do Carmo Eufrazio, de 18 anos, ficou em 3° lugar no concurso nacional de redação — Foto: Arquivo pessoal

Uma estudante de 18 anos, que mora em Cuiabá, ficou em 3° lugar no concurso nacional de Redação Científica com o tema 'A valorização do campo científico no Brasil atual'. O resultado foi divulgado no domingo (5). Karina do Carmo Eufrazio afirmou que, apesar de seguir um cronograma de estudos em casa, não imaginava ganhar a premiação.

A estudante disse que viu o anúncio do concurso nas redes sociais e decidiu fazer a inscrição. A princípio, a intenção era apenas treinar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Não acreditei quando ganhei. Me inscrevi e comecei a estudar sobre o assunto. Em março, enviei a redação e fiquei acompanhando as redes sociais e então vi que meu nome estava entre os ganhadores”, contou.

Mais de 50 redações de vários estados estavam inscritas no concurso. Além de Karina, outras duas estudantes do Piauí foram premiadas no concurso.

As redações serão enviadas para instituições científicas como forma de opinião públicas sobre a ciência no Brasil.

Karina também ganhou apostilas temáticas de redação da rede Galo de Redação, que é parceira no concurso, e módulos do curso de Física Elite com resolução de exercícios.

Redação de Karina concorreu com mais de 50 — Foto: Arquivo pessoal

A redação

A estudante falou na redação que o campo científico no Brasil não é valorizado e, por isso, o país tem perdido muitos profissionais para outros países.

“Faltam investimentos por parte do governo nessa área. Temos muitos profissionais nessa área, mas pela falta de benefícios eles saem para outros países e exercem a função”, pontuou.

Segundo Karina, o governo deveria capacitar os professores sobre o assunto para que o campo científico comece a ser valorizado dentro das escolas públicas brasileiras.

“Primeiramente, o governo deve aplicar verbas nessa área e também deve capacitar os professores na área pública, pois muitos não têm conhecimento sobre o assunto”, ressaltou.

Rotina de estudo

Karina terminou o ensino médio no Instituo Federal de Mato Grosso (IFMT) no ano passado e, desde então, se prepara para o Enem para tentar ingressar no curso de medicina.

“Fiz o Enem três vezes, na primeira redação tirei 620 pontos, depois 720 e, por último, 900, mas a pontuação geral não foi o suficiente. Quero fazer medicina, é um sonho que tenho desde quando era criança”, revelou.

A estudante afirmou que sempre estudou em escola pública, inclusive, no interior do estado durante o ensino fundamental.

Para conseguir realizar o sonho de cursar medicina, ela decidiu criar um cronograma de estudos em casa.

“Na escola a gente não é bem preparado para isso. Estabeleci que estudaria em casa e separei algumas matérias. Estudo algumas de manhã, faço um intervalo para o almoço e continuo a tarde”, explicou.

O cronograma de matérias é cumprido de segunda-feira a sexta-feira. Já no sábado ela deixa as matérias de lado e realiza simulados online e no domingo ela tira o dia para descansar.

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