Por Luiza Marcondes, G ES


Anunciado como o novo secretário estadual de educação pelo governador eleito Renato Casagrande (PSB), o doutor em Ciências Sociais Vitor Amorim de Angelo assume em janeiro a Secretaria Estadual de Educação. Em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo na manhã desta sexta-feira (16), ele falou sobre evasão escolar, Escola Viva e metas para a educação estadual.

Escola Viva

O futuro secretário diz que o projeto será mantido e ampliado para atingir as metas do plano Nacional de Educação e do plano Estadual de Educação, que estabelecem, até 2024 para o nacional e 2025 para o estadual), metas do ensino básico e superior.

“No caso de escolas de tempo integral, que aqui se chama Escola Viva, essa meta diz respeito do estabelecimento de 50% de escolas em tempo integral, com 25% dos alunos matriculados nessa modalidade de ensino”, explica o futuro secretário.

Futuro secretário diz que irá manter e ampliar Escola Viva

Futuro secretário diz que irá manter e ampliar Escola Viva

Atualmente, o estado tem 32 escolas têm tempo integral com previsão de inauguração de mais 4 até o final do ano. Isso representa 8% das unidades. Para atingir a meta dos planos, de ngelo explica que ainda será feito o planejamento.

“Nós tínhamos 10 anos para cumprir os planos nacional e estadual de educação. Se já percorremos parte desse caminho, é natural que a gente divida a quantidade de escolas que nos restam pelos anos que faltam”, observa.

Futuro secretário explica como será o planejamento de expansão da Escola Viva

Futuro secretário explica como será o planejamento de expansão da Escola Viva

Evasão Escolar

Para resolver o problema na evasão escolar, o futuro secretário explica que é necessário primeiro entender a razão do abandono por parte dos estudantes. De ngelo afirma que há uma intenção por parte do próximo governo executivo estadual em reabrir salas de aulas e escolas que foram fechadas.

“Uma coisa de plano que a gente consegue dizer é que, em parte, essa evasão é pelas dificuldades que a rede colocou para esse aluno cursar. Eu cito aqui a educação no campo, a Educação para Jovens e Adultos (EJA), que grande parte dos alunos trabalham e as aulas precisam ser feitas a noite, se a gente fecha as ofertas no período noturno e passa para o dia, muito dificilmente essas pessoas vão cumprir o período escolar”.

Dessa forma, o futuro secretário ainda entende que a escola tem um papel fundamental que vai além da educação.

“Em muitos bairros de maior vulnerabilidade, a gente encontra a unidade escolar como o único equipamento na região. De modo que ela não pode ser só um lugar de oferta de conteúdo, ela tem que ser um equipamento de lazer, de cultura, para que ela se sinta pertencente aquela escola”, afirma.

IDEB

Para memorar a avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira, no qual o Espírito Santo atingiu a nota de 4,4 quando a meta era de 5,1 para o Ensino Médio e foi o melhor resultado do país, Vitor Amorim de Angelo afirma que o resultado tem que ser comemorado, mas em uma perspectiva crítica.

“De fato tivemos um bom desempenho, mas aquém do que foi estabelecido como meta”.

Vitor de Angelo fala sobre a meta do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico

Vitor de Angelo fala sobre a meta do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico

Escola Sem Partido

Sobre o projeto “Escola sem partido”, Vitor diz que entende a posição de críticos e favoráveis, mas que ainda está no legislativo e o judiciário considerou o projeto inconstitucional.

“Na esfera do judiciário, o Supremo já declarou inconstitucional em âmbito municipal e estadual. Então, eu acho que a gente tem tantos desafios do Ideb, das vagas fechadas, e acho que a gente começar a queimar pontes nesse momento que não existe nada concretamente”.

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