Escolas técnicas de SP podem colocar alunos em ensino remoto por causa do calor

Apesar de não existir um alerta climático, algumas cidades do estado vão registrar temperaturas altas nesta semana. A capital tem máxima prevista de 33°C, enquanto algumas cidades no interior, como Campinas, podem chegar a 37°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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Para atenuar o impacto do calor sobre os estudantes, o Paula Souza, afirma que está "adotando as medidas necessárias para a ampliação do sistema de climatização na rede das Etecs e Fatecs do Estado". Enquanto a instituição não conclui a melhoria, cabe a cada unidade decidir como lidar com as temperaturas extremas, quando estas ocorrem.

"Devido à forte onda de calor que atinge o país, as direções das Etecs e Fatecs do Estado estão autorizadas a realizarem atividades remotas, desde que avaliem que as condições locais possam comprometer o bem-estar da comunidade acadêmica", afirmou o Paula Souza em nota. "A medida visa garantir conforto de alunos, professores e servidores, sem prejuízo dos conteúdos pedagógicos."

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Num comunicado distribuído às unidades, o diretor-superintendente Clóvis de Souza Dias diz que "em decorrência das mudanças climáticas globais, e os alertas emitidos por órgãos meteorológicos sobre a previsão de temperaturas excepcionalmente elevadas entre os dias 24 de fevereiro e 1º de março de 2025, torna-se essencial adotar medidas que garantam a integridade e o bem-estar da comunidade acadêmica".

Apesar de o aquecimento global ser citado como justificativa para a medida, não há tecnicamente nenhum aviso emergencial do Inmet em vigência. O órgão meteorológico emite um alerta de "onda de calor" e circunstâncias específicas: quando a previsão é de máximas 5°C acima da temperatura média para aquele dia do ano, e quando essa condição perdura por mais de cinco dias. (Hoje apenas o Rio Grande do Sul está em alerta no país.)

O GLOBO perguntou ao Paula Souza se a demanda pela medida partiu de professores e alunos depois da semana passada, que foi mais quente que esta.

Existe o receio de que em alguns lugares a medida possa mais prejudicar do que ajudar os alunos. Muitos estudantes, sobretudo os de baixa-renda, não possuem ar-condicionado em casa, e podem enfrentar temperaturas mais altas na residência do que em sala de aula.

O Paula Souza, de todo modo, afirma que a medida em suas escolas será estudada caso a caso.

Nas escolas estaduais de ensino médio regular (não-técnico) e ensino básico, não há previsão de aula em esquema remoto.

Professores, porém, foram orientados a reconhecer sinais de insolação e desidratação nos estudantes. Alunos estão orientados a se protegerem com pausas para beber água, uso de protetor solar, uso de roupas leves.