Por Isabela Chagas, EPTV2


Escolas estaduais buscam apoio da família para aluno não desistir dos estudos

Escolas estaduais buscam apoio da família para aluno não desistir dos estudos

As escolas estaduais de São Carlos (SP) estão realizando uma série de ações para diminuir a evasão escolar. O principal foco é fazer uma busca ativa dos alunos faltosos para reverter a situação.

"Escolas com mais de 90% de presença ficam com sinalização verde. Com 85% de presença já sinaliza o amarelo, que é uma atenção, e abaixo disso, o vermelho é o foco da busca ativa ou seja, essa sala, essa turma ou esse aluno está precisando de uma atenção", explica a coordenadora de organização escolar da E.E. Prof. Luiz Viviani Filho, Arary Aparecida Ferreira.

As medidas são progressivas e começam a partir da terceira falta consecutiva do aluno. Vão desde a notificação dos pais sobre as faltas até o acionamento do Conselho Tutelar, caso o número de ausências ultrapasse 10% do total de aulas do bimestre, o que corresponde em média, a cinco faltas.

Escolas estaduais de São Carlos buscam família quando aluno começa a faltar — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV

"São ações que as escolas desencadeiam de acolhimento pra entender porque esses alunos estão ausentes, porque estão passando por aqueles problemas e o quê nós como instituição podemos fazer pra ajudar. Temos os psicólogos se for o caso, às vezes é uma situação de trabalho que nós podemos achar uma escola no noturno. Então nós temos condições junto com as famílias de ajudar e garantir o direito à educação e à inclusão no ensino fundamental e ensino médio", afirma a dirigente regional de ensino, Debora Blanco.

Além da busca ativa, as escolas estaduais em São Carlos também fazem reuniões semanais para instruir os pais ou responsáveis sobre a importância do diálogo com os estudantes, dentro de casa.

"Os pais têm rodas de conversa e também podem obter alguns apoios conosco ou com as instituições parceiras para tentar ajudá-los e resolver esse problemas de frequência irregular ou até uma possível evasão”, afirmou Débora.

Os encontros ajudaram a doméstica Mônica Aparecida Rosalina a incentivar o seu filho a se dedicar mais aos estudos.

“Ele começou a se desenvolver bem depressa. Começou a frequentar a sala de aula, ele já começou a melhorar até dentro de casa. Hoje ele é um adolescente que respeita, é educado e faz as coisas direitinho”, afirmou.

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