Escolas estaduais buscam apoio da família para aluno não desistir dos estudos
As escolas estaduais de São Carlos (SP) estão realizando uma série de ações para diminuir a evasão escolar. O principal foco é fazer uma busca ativa dos alunos faltosos para reverter a situação.
"Escolas com mais de 90% de presença ficam com sinalização verde. Com 85% de presença já sinaliza o amarelo, que é uma atenção, e abaixo disso, o vermelho é o foco da busca ativa ou seja, essa sala, essa turma ou esse aluno está precisando de uma atenção", explica a coordenadora de organização escolar da E.E. Prof. Luiz Viviani Filho, Arary Aparecida Ferreira.
As medidas são progressivas e começam a partir da terceira falta consecutiva do aluno. Vão desde a notificação dos pais sobre as faltas até o acionamento do Conselho Tutelar, caso o número de ausências ultrapasse 10% do total de aulas do bimestre, o que corresponde em média, a cinco faltas.
Escolas estaduais de São Carlos buscam família quando aluno começa a faltar — Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV
"São ações que as escolas desencadeiam de acolhimento pra entender porque esses alunos estão ausentes, porque estão passando por aqueles problemas e o quê nós como instituição podemos fazer pra ajudar. Temos os psicólogos se for o caso, às vezes é uma situação de trabalho que nós podemos achar uma escola no noturno. Então nós temos condições junto com as famílias de ajudar e garantir o direito à educação e à inclusão no ensino fundamental e ensino médio", afirma a dirigente regional de ensino, Debora Blanco.
Além da busca ativa, as escolas estaduais em São Carlos também fazem reuniões semanais para instruir os pais ou responsáveis sobre a importância do diálogo com os estudantes, dentro de casa.
"Os pais têm rodas de conversa e também podem obter alguns apoios conosco ou com as instituições parceiras para tentar ajudá-los e resolver esse problemas de frequência irregular ou até uma possível evasão”, afirmou Débora.
Os encontros ajudaram a doméstica Mônica Aparecida Rosalina a incentivar o seu filho a se dedicar mais aos estudos.
“Ele começou a se desenvolver bem depressa. Começou a frequentar a sala de aula, ele já começou a melhorar até dentro de casa. Hoje ele é um adolescente que respeita, é educado e faz as coisas direitinho”, afirmou.