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Escolas e professores de SP fazem assembleias hoje para fechar acordo

06/06/2018 10h02

Escolas particulares e professores da rede básica paulistana realizam nesta quarta-feira (6) assembleias para deliberar sobre uma proposta de consenso entre os sindicatos patronal e de trabalhadores, apresentada ontem (5) em audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A assembleia do Sieeesp, entidade que representa as escolas, tem primeira convocação para 9h30 e segunda chamada às 10h30. Já o encontro do Sinpro, sindicato dos professores, está previsto para as 18h.

Pela proposta apresentada pelo desembargador Fernando Álvaro Pinheiro na audiência de conciliação desta terça-feira, está prevista a renovação integral da convenção coletiva da categoria, reajuste salarial pela inflação (de 2,14%) e participação nos lucros e resultados (PLR) de 15%. Ainda conforme a proposição, os dias parados em protesto dos professores não serão descontados, desde que sejam repostos.

Se aprovado por ambos os lados, o acordo deve colocar fim a uma negociação que se estende desde o início do ano letivo de 2018. O Sieeesp tentava promover diversas alterações na convenção coletiva vencida em março, como a redução do recesso escolar de 30 dias e a limitação no número de bolsas para filhos de professores, tendo oferecido 3% de reajuste nos salários em troca das mudanças. Os professores resistiram às alterações, consideradas por eles como perdas de direitos na esteira da reforma trabalhista.

Nas últimas semanas, os educadores realizaram dois dias de paralisação, com o segundo deles tendo afetado mais de 100 escolas, e ameaçavam entrar em greve pela renovação da convenção sem alterações. Pela proposta de consenso apresentada ontem pelo TRT, as cláusulas da convenção deverão ser mantidas até 28 de fevereiro de 2019 e o reajuste salarial fica limitado à inflação, sem ganho real, mas com um percentual de participação nos resultados.