Escolas de São Paulo enfrentam problemas na merenda

Escolas de São Paulo enfrentam problemas na merenda

Uma escola estadual e duas municipais na Grande SP estão distribuindo bolachas e suco ao invés de comida aos alunos, conhecida como merenda seca. Na terça-feira (28), o Bom Dia SP mostrou situação semelhante em uma escola em São Matheus, na Zona Leste da capital.

Em Diadema, o refeitório da Escola Estadual Professor Aldemir de Souza Castro está fechado desde maio do ano passado, segundo pais de alunos. Ulisses Pedro Neto é pai de um dos estudantes e ele relatou que os estudantes que levam uma refeição mais completa que biscoitos para escola precisam sentar no chão para comer.

“Como teve problema estrutural [reforma da cozinha], eles pararam de servir alimento porque não podiam fazer refeição”, disse.

O secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, afirmou que a reforma do refeitório, iniciada em dezembro do ano passado e prevista para ser finalizada no dia 26 de maio, ficará pronta perto do dia 13 de junho. Sobre não servir comida aos alunos, Soares disse que a falta de um espaço apropriado para alimentação impede outro tipo de refeição.

Na Escola Municipal da Emília, em Guarulhos, a reclamação é parecida. Há uma semana, o refeitório está fechado e alimentação está sendo à base de bolachas e sucos. Carla Elizabete Cavalcante, avó de uma aluna, disse que muitos estudantes dependem da merda da escola.

“Tem muita criança que vem aqui e precisa mesmo [da comida], elas chegam para comer. Quem vai prestar atenção na aula com o estômago roncando?”, questionou.

Pais da escola Cora Carolina também afirmam que os filhos também estão sem refeições. A Prefeitura de Guarulhos diz que não há falta de merenda nas escolas, mas o atendimento está prejudicado em razão da greve dos servidores municipais.

A administração municipal informou que cerca de 30% das cozinheiras aderiram ao movimento que começou no dia 22 de maio. Diante desse cenário, a Secretaria municipal de Educação está remanejando as cozinheiras para atender o maior número possível de escolas.

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